SUL 21 – 22 de julho de 2021
Sindicato critica retorno ao ensino presencial sem a imunização completa da comunidade escolar
SUL 21 – 22 de julho de 2021
Sindicato critica retorno ao ensino presencial sem a imunização completa da comunidade escolar
A diretoria da ADUFRGS-Sindical divulgou nota oficial manifestando-se em desacordo com o pronunciamento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre a volta às aulas presenciais sem a imunização de toda a comunidade escolar. Para a ADUFRGS, ao defender essa proposta, o ministro “mostra claramente sua adesão às teses negacionistas, pois propõe o retorno, mesmo com a experiência que alguns governos estaduais já sofreram, de determinarem a volta, sem a completa imunização e terem que cancelar, após poucos dias de aulas e o aumento da incidência do Covid-19 em professores, alunos e servidores”.
Na nota, a ADUFRGS responsabiliza o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelas futuras mortes que possam vir a acontecer, se ocorrer o retorno ao ensino presencial sem os devidos protocolos de segurança, que implicam na imunização completa da comunidade escolar.
Confira a íntegra da nota:
A ADUFRGS-Sindical, como tem reiteradamente se pronunciado neste período, manifesta-se contrária ao pronunciamento do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que em rede nacional de rádio e TV, dia 20 de julho, defendeu a volta das aulas presenciais em todo o País sem a imunização completa. O mesmo mostra claramente sua adesão às teses negacionistas, pois propõe o retorno, mesmo com a experiência que alguns governos estaduais já sofreram, de determinarem a volta, sem a completa imunização e terem que cancelar, após poucos dias de aulas e o aumento da incidência do Covid-19 em professores, alunos e servidores. O ministro nega a existência dos fatos e reforça que a imunização completa não pode ser condição para a retomada das aulas presenciais.
O Ministro considera que o retorno ao ensino presencial é uma necessidade urgente, mas no seu pronunciamento apresenta como único fato realizado pelo Ministério, em maio de 2020, a composição de uma Comissão, nada de concreto desenvolvido. Nenhuma medida que garanta a segurança sanitária da comunidade escolar foi desenvolvida pelo Ministério. O ministro da Educação tardiamente diz que solicitou ao Ministério da Saúde que os profissionais de educação fossem prioridade na vacinação. No entanto, até o momento o processo de imunização nos estados ainda não foi concluído nas duas doses, com a primeira dose de vacina não garante proteção.
No pronunciamento, o ministro citou basicamente que teria tomado providências, junto aos governos estaduais, para garantir a volta às aulas presenciais no ensino fundamental, omitindo que ele é o gestor mor do Ensino Superior, para o qual apenas baixou a cabeça diante do corte de orçamento das IFES.
Além de reafirmar a política negacionista do governo federal que não preserva a vida dos brasileiros(as), Milton Ribeiro reiterou seu descaso com a educação pública gratuita e de qualidade. Foi favorável à Emenda Constitucional 95 que limita o teto de gastos públicos dos três poderes por 20 anos, inviabilizando o orçamento do MEC e o ensino em todo o País.
Infelizmente, a política negacionista do governo federal resultou na morte de mais de 500 mil pessoas por Covid-19. A ADUFRGS-Sindical responsabiliza o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelas futuras mortes que possam vir a acontecer, se ocorrer o retorno ao ensino presencial sem os devidos protocolos de segurança, que implicam na imunização completa da comunidade escolar.
VACINA NO BRAÇO, COMIDA NO PRATO. CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA
FORA BOLSONARO
ADUFRGS-Sindical em defesa da Vida
Diretoria da ADUFRGS-Sindical
Sul 21