Em tempos marcados por cortes de verba no ensino público superior, tornou-se ainda mais crucial refletir sobre o papel dos professores e das professoras que dedicam suas vidas à educação gratuita e de qualidade. A campanha #ProfessorPraQue, criada pela gestão ADUFRGS-Sindical 2019-2022 em parceria com a agência Dableo Comunicação, veio justamente para fortalecer essa luta.
Como já dizia Antonieta de Barros, professora e primeira deputada estadual negra do Brasil, “a grandeza da vida gira em torno da educação”. Ela foi responsável por estabelecer leis de concessões de bolsas para alunos e alunas em situação de vulnerabilidade social e criou um curso de alfabetização. Educar, sem sombra de dúvidas, está relacionado com a missão de Antonieta: de certa forma, é emancipar – seja da estigmatização de classe, gênero ou raça. Nesse cenário, entra a relevância do ensino público gratuito e de qualidade: permitir a pluralidade e o acesso de diferentes camadas socioeconômicas à escola e, em especial, à universidade. Com o objetivo de levar essa e outras ideias adiante, foi lançada a campanha #ProfessorPraQue em diferentes cidades do Rio Grande do Sul.
Segundo Lúcio Vieira, presidente da ADUFRGS-Sindical, mais do que uma homenagem, a campanha é um convite à reflexão: “Muitas pessoas podem achar a resposta óbvia, afinal, o professor tem a função de ensinar. Mas, para nós da ADUFRGS-Sindical, o professor, além de ensinar, aprende todo o tempo, construindo sujeitos e formando a cidadania”, comenta.
À procura de mais respostas, a campanha reuniu 12 depoimentos de personalidades que contaram com o ensino público gratuito em suas formações. Os participantes incluem:
• Enrico Rodrigues de Freitas: Procurador Regional dos Direitos do Cidadão-RS;
• Eduardo Gutterres: Músico;
• Márcia Cristina Bernardes Barbosa: Professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membra da Academia Brasileira de Ciências;
• Luís Augusto Fischer: Professor titular da UFRGS, ensaísta e escritor;
• Anne Schneider: Organista;
• André Palmini: Médico neurologista, diretor do Instituto do Cérebro;
• Jane Tutikian: Escritora e professora na graduação e pós-graduação da UFRGS;
• Zoravia Bettiol: Artista plástica, designer e arte-educadora;
• Deborah Finocchiaro: Atriz, diretora, locutora, produtora, apresentadora, roteirista e ministrante.
• Jefferson Cardia Simões: Membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), professor titular de Geografia Polar e Glaciologia da UFRGS.
• Mônica Timm: Diretora do Elefante Letrado, projeto que distribui leituras digitais para crianças e escolas.
• Paulo Ghinato: Consultor, professor titular da UFRGS e pesquisador e mentor em Gestão de Operações LEAN & Engenharia de Produção.
Cada um dos convidados respondeu ao questionamento #ProfessorPraQue e, para isso, contaram sobre os professores e as professoras do ensino público que marcaram as suas trajetórias, seja no ensino fundamental, médio ou superior. Os depoimentos estão sendo disponibilizados ao longo de todo o mês de outubro nas redes sociais da ADUFRGS-Sindical (Instagram, Facebook e Twitter) e podem ser conferidos na íntegra no canal do YouTube.
Além disso, no dia 15 de outubro, em celebração ao Dia dos Professores, um dos presentes da ADUFRGS-Sindical é a realização de uma live em parceria com o músico Vitor Ramil, que acontecerá às 21h no Instagram. Extrapolando as fronteiras do digital, a campanha também contou com mídia externa. Ao todo, foram 99 peças desenvolvidas: 38 placas de esquina digital, 10 outdoor estático interior; 1 outdoor digital e 50 linhas de ônibus municipais estão estampadas com a reflexão proposta pela ADUFRGS-Sindical.
Estamos com mídia externa nas ruas de Porto Alegre, Canoas, Viamão, Sapucaia do Sul, Feliz, Farroupilha, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Charqueadas, Osório e Tramandaí. Também, saímos na Zero Hora, um dos maiores veículos de comunicação da região Sul, com um anúncio de página inteira reforçando a mensagem da campanha e parabenizando os professores e as professoras por essa data tão importante.
Ao longo dessa caminhada, a reflexão foi um processo coletivo, em que foi possível encontrar algumas respostas, que sempre levam a novas indagações, mas que confirmaram a relevância do ensino público gratuito e de qualidade. Para Luís Augusto Fischer, o ensino público superior é o que gera cultura e ciência. No caso de Jane Tutikian, seus professores foram essenciais para que ela descobrisse a paixão pela literatura. André Palmini, por sua vez, conquistou uma formação humana e profissional de excelência por meio dos educadores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
E para você, #ProfessorPraQue? Utilize a nossa hashtag nas redes sociais e participe dessa indagação. Juntos e juntas, construímos o conhecimento e os saberes são ressignificados.
Se você é professor dos Institutos Federais do Rio Grande do Sul, da UFRGS ou UFSCPA, seja um associado ou uma associada ADufrgs e lute pela defesa da educação pública conosco!