Sindicato critica omissão da Reitoria e cobra que ela assuma seu papel de órgão coordenador para o retorno presencial
A diretoria da ADUFRGS-Sindical no dia 15 de outubro do presente ano, cumprindo decisão de assembleia geral, reuniu-se com a Reitoria da UFRGS para cobrar providência para o retorno presencial, garantida a segurança sanitária necessária.
Na oportunidade também cobrou o compromisso da administração da universidade com a coordenação do planejamento e execução das ações para esta retomada. O Reitor garantiu que até a data para o início do semestre 2021/2, prevista para o dia 17 de janeiro de 2022, todas as condições estariam contempladas e que o objetivo era o de retorno das atividades presenciais.
Diante da omissão da administração da UFRGS no cumprimento de seu compromisso de promover o planejamento e assumir a responsabilidade na gestão do processo, a ADUFRGS-Sindical, juntamente com o seu Conselho de Representantes, volta a cobrar providência da Reitoria para que assuma seu papel como órgão coordenador central, repudiando qualquer medida que transfira às unidades ou professores, este papel.
O Sindicato se solidariza com as trabalhadoras e trabalhadores que vem arcando com os custos desta ausência de liderança, e conclama a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para somar esforços a fim de reverter este quadro de negligência.
A UFRGS caminha para completar dois anos sem aulas presenciais. As condições sanitárias indicam a possibilidade de sua volta em breve, ainda que de modo híbrido. No entanto, até o momento a universidade mantém o Ensino Remoto Emergencial (ERE), pelo menos até maio de 2022, por ausência de ações efetivas da reitoria para a retomada das atividades presenciais, contrariando a posição da comunidade.
O Reitor Carlos André Bulhões Mendes, ao manter o “modelo de retorno presencial restrito” na prática, transfere a responsabilidade aos coordenadores de comissões, diretores de unidades e chefes de departamentos, pela definição de quais atividades serão realizadas presencialmente no semestre que terá início em janeiro.
Torna-se urgente a apresentação, por parte da Reitoria, de um plano com a definição das atividades e seus respectivos prazos de retorno presencial, a coordenação das adaptações da infraestrutura e as demais medidas de segurança sanitária.
O estado atual de deriva administrativa amplia as dificuldades, com a possibilidade de proliferação de conflitos (inclusive com desdobramentos jurídicos) e extensão desnecessária do período de ERE.
Diante deste quadro, exigimos da gestão central da universidade, ações e atitudes responsáveis e comprometidas com a nossa Universidade.
(*) Diretoria da ADUFRGS-Sindical
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