Em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, a ADUFRGS-Sindical intensifica sua luta contra o racismo e qualquer tipo de discriminação. Neste sábado, o Sindicato representado pela diretora de Comunicação, Sônia Mara Ogiba, participa da Marcha Zumbi-Dandara, em Porto Alegre. Este ano, a mobilização traz como tema “130 anos de abolição sem reparação: em defesa dos territórios, da liberdade e da vida”. A atividade também faz referência também à luta das centrais sindicais e dos movimentos sociais pelo #20NForaBolsonaroRacista.
A Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Ana Cruz, salienta a importância a participação das mulheres negras nos movimentos sindicais. “Temos um déficit muito grande de contribuição de mulheres negras e não negras no movimento sindical. No meu sindicato, por exemplo, onde temos 16 membros na diretoria executiva, somos apenas três mulheres, entre elas, sou a única preta. A população brasileira é heterogênea, tem diversidade, e precisa estar unida nas lutas por igualdade de direitos e oportunidades”, considerou.
Ana defende a participação feminina para além do recorte racial e destaca a atuação da professora Sônia no Coletivo Vidas Negras da CUT e no Coletivo Estadual de Mulheres da CUT, ambos pertencentes à Secretaria de Combate ao Racismo e a Secretaria de Formação Sindical.
Sônia Ogiba lembra que o ambiente dos sindicatos é masculinizado e por vezes machista, mas que a luta feminista vem transformando essa realidade que oprime as mulheres. “Sabemos que o racismo estrutural atinge principalmente as mulheres negras, que são chefes de família e estão fora dos espaços de decisão. A luta de combate ao racismo é de todos nós. A ADUFRGS é uma aliada nesse combate. O acesso à educação e às políticas públicas ajudam a reduzir as desigualdades sociais”, ressaltou.
Outro exemplo de mulher engajada na luta sindical é a Secretária de Combate ao Racismo da CUT-RS, Isis Garcia. Defensora das políticas afirmativas para igualdade de oportunidades, ela destaca as cotas raciais que permitem o acesso da população negra ao nível superior. “Trata-se de um ato de justiça e de reparação histórica à população negra. As políticas afirmativas são fundamentais frente à desigualdade de oportunidades no Brasil”, manifestou.