ADUFRGS-Sindical reforça mobilização contra a PEC 32 em Brasília

A ADUFRGS-Sindical está mais uma vez em Brasília mobilizada com o PROIFES-Federação em defesa dos professores e da educação pública e de qualidade. O professor Roger Elias, do IFSUL-Sapucaia do Sul e membro do Conselho de Representantes (CR) do Sindicato, e o professor filiado Adauto Locatteli Taufer, do Colégio de Aplicação da UFRGS, estão na capital federal e representam a ADUFRGS na mobilização.

O Sindicato tem feito um corpo a corpo com os deputados, em visitas aos gabinetes dos parlamentares da bancada gaúcha em Brasília, conversando com cada um deles, para apresentar os seus pleitos com relação aos artigos da PEC que tratam da Educação e que são considerados prejudiciais à toda a sociedade. 

Confira aqui os principais artigos destacados pela ADUFRGS-Sindical como prejudiciais à educação:

Artigo 8 item IV – Versa sobre a possibilidade de contratação de temporários. A questão é grave pelo envolvimento do professor universitário, que é contratado com Dedicação Exclusiva. Mudar esse conceito irá gerar consequências devastadoras na pesquisa e na extensão, já que as universidades dispõem de possibilidade de contratação de professores substitutos que atuam apenas no ensino. A direção demonstra aos deputados, neste artigo, a relação entre ensino, pesquisa e extensão, o atendimento e envolvimento com a sociedade e que, em tendo praticamente dois tipos de “carreiras” nas IFEs, haveria o esvaziamento da vocação de formação integral de cidadãos do ensino superior.

Artigo 37A – Versa sobre a possibilidade de parceria público-privada. A diretoria do Sindicato está explicando aos deputados os danos da lógica mercadológica do ensino e sua consequência na formação pífia que algumas grandes empresas de ensino têm proposto no chamado “mercado”. As universidades privadas, destacam os sindicalistas, têm 75% dos estudantes de ensino superior no Brasil, enquanto as públicas possuem 25%. No entanto, quando se compara com a pesquisa, 95% da pesquisa desenvolvida no país provém da Universidade Pública.

A intenção da comitiva da ADUFRGS-Sindical é abordar os cortes na Ciência e na Tecnologia, e explicar qual a relação das universidades com a pesquisa e com este ministério (CAPES e CNPQ). Os cortes foram da ordem de R$ 690 milhões. Apenas no caso da UFRGS serão prejudicados 549 bolsistas entre estudantes e docentes.

Artigo 39-A parágrafo 3 – Empregados públicos temporários: o risco é o mesmo que o artigo 8 item IV.

Artigo 84 – item VI – alínea A – Organização e funcionamento da Administração pública Federal: aqui está em risco a autonomia da universidade.

Artigo 165 – Parágrafo 16 – Lei orçamentária – A direção também apresenta aos parlamentares os efeitos que a educação já sofre com a Lei do teto dos Gastos e como esse item seguirá prejudicando as universidades.

Veja aqui mais sobre a mobilização da ADUFRGS-Sindical em Brasília.