A ADUFRGS-Sindical repudia a aprovação do relatório final do Orçamento de 2022, ocorrida na terça-feira (21) no Congresso Nacional, que não prevê reajuste para os servidores da educação. O PLN 19/2021 segue para sanção presidencial com as modificações aprovadas por deputados federais e senadores.
O presidente da ADUFRGS-Sindical, professor Lúcio Vieira, lembra que “os professores públicos das universidades, institutos e todas as demais instituições federais de ensino estão há 5 anos sem reajuste salarial, amargando quase 42% de perda do poder aquisitivo”. Além disso, acrescenta o professor, há falta de diálogo e respeito por parte do governo. “Embora tenham sido inúmeras as tentativas de abrir canais de negociação ao longo desses anos, encontramos um governo arredio a qualquer forma de discussão, que desrespeita aqueles que vivem de salário”, completa Vieira.
O relatório final não prevê verba para reajuste de servidores públicos. A proposta inicial previa R$ 4,8 bilhões para a expansão de despesas com pessoal em 2022, o dobro do autorizado para 2021. Segundo o relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), essas despesas são incompatíveis com o atual cenário econômico do país. Ele propôs, então, um corte linear de 60% nessas despesas em todos os Poderes, reduzindo-as em R$ 2,8 bilhões. No entanto, após um acordo, os policiais federais foram incluídos na previsão, representando R$ 1,74 bilhão.