PROIFES-Federação e ADUFRGS-Sindical intensificam a luta por recomposição salarial para servidores federais

A ADUFRGS-Sindical reforça a luta junto ao PROIFES-Federação por recomposição salarial e pelo cancelamento da PEC 32/2020 referente à Reforma Administrativa, que destrói os serviços públicos.

O início da agenda de mobilização dos servidores federais foi marcado por protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia na última terça-feira, 18 de janeiro, em Brasília.

Há mais de cinco anos sem aumento de salários, a categoria cobrou pautas da recomposição salarial tendo como base no aumento crescente da inflação dos últimos anos. Nesse período, os professores e professoras das universidades federais tiveram uma perda inflacionária de mais de 40% e a previsão da inflação para 2022 ultrapassa 11%. Durante os protestos, os servidores cobraram do governo federal a reposição salarial e o arquivamento definitivo da PEC 32.

“Estamos há 5 anos sem reajuste salarial. Hoje, o básico da nossa carreira é menor que o básico nacional de um professor de 40 horas graduado. Há uma defasagem que ultrapassa 40%. É necessário que se criem mecanismos de diálogo com o governo para começar a recuperar essa perda salarial. O prejuízo é muito grande”, avaliou o presidente da ADUFRGS-Sindical, Lúcio Vieira.

Em mais um descaso com os servidores, o Ministério da Economia não se manifestou sobre o protesto. Apenas o vice-presidente da República, Hamilton Mourão afirmou que “não há espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores”. Em contradição a esse discurso, o governo Bolsonaro privilegia os policiais, destinando orçamento da União para as carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), num total de R$ 1,7 bilhão.

“Ao privilegiar alguns setores, o governo federal mostra bem o seu perfil, que aposta na violência e privilegia os setores de segurança em detrimento à educação, saúde, ciência e tecnologia, que inclusive, sofreram gigantescos cortes orçamentários. Estamos nas mãos de um governo que não prioriza os interesses sociais e se identifica com interesses particulares”, contestou Lúcio Vieira.

Além da recomposição salarial, a ADUFRGS-Sindical une-se ao PROIFES-Federação e as demais categorias de servidores federais na defesa de pautas essenciais para o desenvolvimento social do país, como o fim do Teto de Gastos e a valorização do serviço público brasileiro.

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