ADUFRGS-Sindical acompanha retorno presencial das atividades no IFRS

A ADUFRGS-Sindical, preocupada com a segurança sanitária dos professores, professoras e comunidade escolar nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), acompanha de perto a situação do retorno das atividades presenciais nessas instituições, entre elas, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), que possui diferentes datas previstas para essa retomada.

Aulas a partir de 21 de fevereiro

O pró-reitor de Ensino do IFRS, Lucas Coradini, informou que os campi iniciam as suas aulas a partir de 21 de fevereiro. “Em todo o Brasil, como nas demais redes de ensino públicas e privadas, os institutos federais se preparam para a retomada das atividades presenciais no ano letivo de 2022. No IFRS, há um rigoroso protocolo de biossegurança estabelecido por meio do Plano de Contingência para prevenção, monitoramento e combate à COVID-19, que traz uma série de medidas a serem seguidas por servidores e estudantes nas unidades do IFRS, visando a preservação da integridade em saúde”, disse o pró-reitor.

O cronograma de início do ano letivo varia de campus para campus, de acordo com os seus calendários, aprovados pelas comunidades. Veja no final da matéria as datas de início das aulas em cada campus.

Plano de contingência

De acordo com Coradini, os institutos possuem um plano de contingência com várias medidas de prevenção, monitoramento e combate à COVID-19, que vão desde cuidados com a higienização, distanciamento social, delimitação da taxa de ocupação dos espaços, e protocolos a serem seguidos em casos de contágios, suspeitos ou contactantes de contagiados. “Há também, para os servidores, as previsões trazidas pela portaria 535/2021 do IFRS, em que fatores de risco à saúde são considerados para a manutenção do trabalho remoto, visando a preservação da saúde”, relatou.

O pró-reitor também pontuou a exigência de comprovação vacinal para todos servidores e estudantes, conforme estabelece a portaria 456/2021. “Essa medida é importantíssima para a valorização da vacinação e a promoção de um ambiente seguro de proteção individual e coletiva”, afirmou. “Estamos avaliando estratégias para aumentar o rigor a esta exigência. Inclusive no processo seletivo de estudantes, a comprovação vacinal é obrigatória e se tornou um requisito para a matrícula”, enfatizou. “A vacina representa uma vitória da ciência, sendo a melhor arma que dispomos para enfrentar a pandemia, por isso serão feitos todos esforços para a efetivação da vacinação em toda a comunidade”, finalizou.

ADUFRGS acompanha retorno

O 2º tesoureiro e diretor de Assuntos Jurídicos da ADUFRGS-Sindical, Eduardo de Oliveira da Silva, que é docente e coordenador do curso de Química do IFRS Porto Alegre, traçou um panorama geral da situação do instituto.

“Estamos fazendo o encerramento do nosso segundo semestre de 2021, ou seja, 2021/2, diferentemente da UFRGS, que está em uma transição para o início do segundo semestre de 2021, em função de que tivemos uma organização diferente das nossas atividades durante o período de ensino remoto”, explicou.

O professor também reforçou que está vigor no IFRS uma portaria (Portaria 535 de 28 de dezembro de 2021), que atualiza as orientações de retorno às atividades presenciais, inclusive em relação à saúde dos servidores. O documento é referência junto com a chamada matriz do CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), que determinou o retorno gradual e seguro a todos os institutos federais do Brasil em quatro etapas determinadas.

Atividades em modo híbrido

O professor Eduardo salienta que vários campi do IFRS estão com atividades presenciais e semipresenciais. “Os campi da Serra – Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Feliz – estão realizando atividades da fase 3 dessa matriz, com aulas realizadas presencialmente em modo híbrido, com alternância de espaços”, descreveu.

Entretanto, o sindicalista lembra que, em janeiro, com a chegada da variante Ômicron, alguns campi, como Caxias do Sul e Feliz, retornaram à fase 2, em que não ocorrem aulas presenciais, apenas remotas, com algumas atividades específicas, como uso de laboratórios com cuidados. “Temos alguns documentos que estão orientando essas atividades presenciais, que são os planos de contingência”, informou.

“O comitê central de enfrentamento à COVID do IFRS, assim como todos os comitês locais de cada campi, têm essa função, de, à luz do seu documento elaborado com as regras de distanciamento e demais questões sanitárias, orientar o retorno presencial com base nos planos de contingência locais. Cada campus tem o seu documento além do documento central que rege todo o IFRS”, disse o professor.

Há campi com atividades híbridas e presenciais. Eduardo Silva salienta que o campus Porto Alegre é uma exceção. “Houve um entendimento do nosso conselho de campus, conselho local, de que não era hora, ainda, de fazer o retorno presencial. Também houve demora em concluir o plano de contingência, que ficou pronto em dezembro. Então o campus segue em atividade remota neste semestre, mas a previsão é de voltar no próximo com atividades presenciais, se as condições permitirem”, indicou.

Espaço físico gera preocupação

Como coordenador do curso técnico de Química, o professor Eduardo justificou a necessidade de atividades presenciais. “Faz dois anos que não podemos oferecer disciplinas experimentais de laboratório, o que tem causado algum transtorno para nossos estudantes. Até tentamos oferecer aulas práticas em duas disciplinas, mas não houve a liberação para realizá-las dentro do semestre, ficando pendentes para 2022”, afirmou.

Conforme Silva, alguns campi, como o de Porto Alegre, concluíram o semestre de forma totalmente remota. “Então há essa preocupação, para 2022, pelo fato de que em dois anos algumas disciplinas não puderam ser oferecidas, e vai haver uma sobrecarga de alunos precisando fazer essas disciplinas neste ano, correndo o risco de não poder atender todos os alunos nos espaços físicos dos laboratórios”, explicou.

“Houve uma tentativa recente em criar uma instrução normativa para que fosse possível haver um ordenamento de matrícula, priorizando alguns alunos, entretanto dentro da organização didática isso não é previsto no IFRS”, sinalizou.

Inclusive, a assessoria jurídica da ADUFRGS-Sindical lançou uma nota explicando que essa instrução continha fragilidades jurídicas. “Apresentamos esse relato junto com os coordenadores de curso em reunião com a direção do campus, e a direção revogou essa instrução”, relatou. “Temos a preocupação com o número de alunos que precisam ser matriculados em certas disciplinas práticas em 2022, pois talvez falte espaço”, concluiu.

Confira aqui a previsão de realização do primeiro dia letivo de 2022 em cada campi do IFRS:

Alvorada: 24 fevereiro 2022

Bento Gonçalves: 29 março 2022

Canoas: 21 março 2022

Caxias do Sul: 09 março 2022

Erechim: 10 março 2022

Farroupilha: 09 março 2022

Feliz: 28 março 2022

Ibirubá: 02 maio 2022

Osório: 21 fevereiro 2022

Porto Alegre: 03 março 2022

Restinga: 11 abril 2022