O Janeiro Branco encerrou, mas a ADUFRGS-Sindical segue na luta em defesa da vida e reforça o alerta aos cuidados da saúde mental em especial dos professores e professoras, para viverem de forma saudável e feliz.
Com o slogan “Quem cuida da mente, cuida da vida”, a campanha destaca a necessidade de políticas públicas voltadas para a promoção da Saúde Mental na vida da sociedade, indivíduos e instituições sociais.
Segundo especialistas, o período de pandemia de Covid-19 gerou insegurança, expectativas e incertezas, além de afetar a saúde mental das pessoas. A professora e psicanalista Sônia Mara Ogiba, diretora de Comunicação da ADUFRGS-Sindical, observa que a campanha ajuda a amenizar o sofrimento psíquico e mental. “Nesses dois anos de pandemia e distanciamento social, identificamos o aumento significativo nos casos depressão, angústia e ansiedade, fatores que podem desencadear doenças mentais”, mencionou.
“Para tratar o problema, é essencial que a população tenha acesso às políticas públicas transversais e integradas, que sejam de estado e não de governo, para acolherem uma população diversa desde gênero, raça/etnias, de todas as idades e gerações. As mulheres trabalhadoras e as estudantes que são mães, por exemplo, hoje com a pandemia e a necessidade de aulas remotas encontram-se em sofrimento emocional pela intensificação do trabalho aliado aos cuidados de seus familiares”, contextualizou.
“Por isso insistimos na defesa dos serviços públicos, especialmente o Sistema Único de Saúde, que necessita de investimentos para atender o conjunto da população. Sabemos que a saúde mental não pode ser tratada apenas de forma individual, pois se trata de uma questão de saúde pública. O sofrimento psíquico e mental também pode ser ocasionado pelas desigualdades sociais refletiu a professora Sônia. Ela lembra que desde 2020, o Sindicato trabalha com a consciência de que “saúde mental é questão sindical”.
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 72% dos professores enfrentam problemas de saúde mental, uma situação agravada pela falta de estrutura educacional, conhecimento das ferramentas digitais e sobrecarga na rotina escolar, já que esses profissionais precisaram se reinventar e superar diversas dificuldades para desempenhar o seu papel social.
Outro dado de pesquisa realizada pela revista Nova Escola diz que 73% dos professores afirmaram que não têm suporte para cuidar da própria saúde mental. Os motivos são falta de condições financeiras (31,7%), não ter tempo disponível (18%) e não acreditar que é importante para si (12,7%).
Nos últimos anos, dentro da campanha Janeiro Branco, a ADUFRGS já realizou diversas discussões, entrevistas, posts, vídeos, spots de rádio e outros materiais de conscientização publicados no site, Instagram e Canal do YouTube do Sindicato.
Veja como foi a campanha Janeiro Branco 2022:
Podcast da ADUFRGS-Sindical alerta: Saúde mental é uma questão de saúde pública.
Janeiro Branco: pesquisa da OMS aponta que depressão atinge 5% da população brasileira.
ADUFRGS alerta para o tratamento e prevenção das doenças mentais durante a Campanha Janeiro Branco
Janeiro Branco na ADUFRGS-Sindical: Atenção com Políticas Públicas
Janeiro Branco: Saúde mental é qualidade de vida dos professores e professoras
Defesa da saúde mental e da vida é tarefa da ADUFRGS-Sindical durante a Campanha Janeiro Branco 2022