MANIFESTO – Por que os senadores gaúchos temem a CPI do MEC?

A ADUFRGS-Sindical conclama a bancada gaúcha de senadores a tomarem posição a favor da abertura da CPI que visa apurar a corrupção que atinge o Governo Bolsonaro e o seu Ministério da Educação.

Neste mês foi revelado ao Brasil pelos veículos de comunicação mais um caso de corrupção que atinge em cheio especialmente o Ministério da Educação. Desta vez trata-se de sobrepreço de R$ 732 milhões em um pregão para compra de ônibus escolares. A falcatrua se não denunciada poderia acabar comprando por R$ 480 mil ônibus escolares que valem R$ 270 mil. A operação poderia comprar 3.850 ônibus e custaria até R$ 2 bilhões.

O escândalo não para por aí e envolve também o próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, que pediu demissão do cargo em meio a denúncias sobre um suposto esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público.

Para apurar as irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas públicas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o Senado tenta a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No entanto, depois de apresentar as 27 assinaturas necessárias para a abertura da CPI, após uma ofensiva do Governo, o Senado registrou recuos de algumas assinaturas.

A bancada gaúcha de senadores que representam os valores de um Estado Republicano de Direito é convocada a assumir diante da população a defesa desses valores. Dos três senadores apenas Paulo Paim do PT subscreveu o pedido de abertura de investigação com a criação de uma CPI. Enquanto os demais senadores defensores do combate à corrupção, Lasier Martins do Podemos e Luis Carlos Heinze do PP, estarão perdendo a oportunidade de levar a fundo a investigação e garantir seus discursos de “supostos combates à corrupção”, caso venham a manter suas posições de não adesão à abertura dessa CPI.

O que temem os senadores? Por que impedir que a investigação se concretize? É urgente que tenham a atitude esperada e coloquem em prática o discurso anticorrupção. E, à bancada gaúcha cabe o chamado de atenção para realizarem o que o povo gaúcho espera de Vossas Excelências. Ainda há tempo.

 

ADUFRGS-Sindical.