ADUFRGS-Sindical denuncia corte de 14,5% no orçamento da Educação

A ADUFRGS-Sindical reitera sua posição contrária aos sucessivos cortes no orçamento da Educação. Desta vez foi o corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão que atingiu as Universidades e Institutos Federais. A medida foi realizada na última sexta-feira (27), pelo Governo Federal. 

De forma unilateral e intempestiva, sem diálogo com os gestores das instituições, o bloqueio linear é de 14,5%.  Vale lembrar que o orçamento da Educação vem sofrendo redução contínua e sistemática, desde 2016, dos seus valores para custeio e investimento, além do orçamento deste ano de 2022 já ter sido aprovado em valores abaixo dos valores orçamentários de 2020.

Em nota, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIFE) denuncia a gravidade da situação, pois o bloqueio ocorre nos recursos destinados à manutenção das instituições. Ou seja, atividades essenciais de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios serão cortados dos estudantes.  Mais do que nunca, nossos estudantes precisam de uma escola que ofereça condições mínimas para o seu desenvolvimento e para recuperação da aprendizagem. Pois, aproximadamente 70% estão em situação de vulnerabilidade social, com renda familiar de até 1,5 salários-mínimos, uma restrição orçamentária dessa magnitude afetará, principalmente, a qualidade do ensino ofertado para os estudantes da Rede Federal. 

Enquanto a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destaca em sua nota que é injusto com o futuro do país mais este corte no orçamento do Ministério da Educação e também no do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que sofreu um corte de cerca de R$ 3 bilhões, inclusive de verbas do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que são carimbadas por lei para o financiamento da pesquisa científica e tecnológica no Brasil. 

A ADUFRGS-Sindical lembra a total falta de diálogo por parte do Governo Federal e que os professores das IFES têm uma defasagem salarial de 38,6% desde março de 2015. Governo Federal que se nega a reconhecer a importância dos serviços públicos, da Educação, da Ciência e da Saúde pública. O Governo precisa retomar os investimentos em Educação, Tecnologia e Ciência. Sem serviço público os brasileiros não serão atendidos. Não vamos aceitar que a política de desmonte dos serviços públicos seja realizada impunemente. Todos e todas em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!

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