Abertura da exposição fotográfica da ADUFRGS é marcada por lembranças históricas da luta sindical

A foto da ata de fundação da Associação de Docentes da ADUFRGS, registrada em 17 de junho de 1978, emocionou os filiados e filiadas que prestigiaram o lançamento da exposição fotográfica “ADUFRGS-Sindical 44 Anos: Uma história Visual”, na noite de quinta-feira, 2. 

O documento e demais fotos distribuídas em seis expositores retratam a trajetória da associação, que iniciou durante a luta pela democratização do País e da Universidade e, em 2008, foi transformada em ADUFRGS-Sindical. Hoje, a entidade representa os docentes das Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul, em 11 municípios. A exposição fotográfica, que irá até o dia 24 de junho na sede social, abriu a programação do mês de aniversário do sindicato.                                                                

Participaram do evento, o vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, Darci Campani, da diretora de Secretaria, Luciana Boose Pinheiro, da diretora de Comunicação, Sônia Mara Ogiba, o diretor de Magistério Superior, César Vieira, integrantes do Coral ADUFRGS, filiados/as, colaboradores e público em geral.

Para Campani, a exposição fotográfica é significativa para relembrar e celebrar os 44 anos de lutas e conquistas da ADUFRGS-Sindical. “A atuação do sindicato garantiu aos professores do ensino superior o atual plano de carreira com progressões, que nos permite ter uma tranquilidade. Se não fosse a luta sindical nosso salário estaria reduzido pela metade. É claro que seguimos na luta por reposição salarial, pois estamos há 5 anos sem reajuste”, mencionou. “Esta exposição de fotos passa por momentos históricos que vão desde os anos de expurgos da UFRGS até a transformação de uma associação em sindicato e isso é emocionante”, destacou.

A professora Luciana comemorou o retorno gradual das atividades presenciais na sede social da Barão do Amazonas e a retomada da tradição cultural do sindicato. “O lançamento da exposição fotográfica inicia o mês de aniversário de 44 anos da ADUFRGS-Sindical, que é celebrado dia 17 de junho, e conta com uma programação especial. No dia 21 de junho, haverá duas mesas de debates organizadas pela diretora de Comunicação, Sônia Mara Ogiba e o diretor de Assuntos Sindicais, Jairo Bolter. A primeira trata dos Desafios do Movimento Sindical e a Educação Pública e a segunda abordará O Papel da ADUFRGS no Movimento Sindical. Nossa grande comemoração será no dia 24 de junho, quando teremos um jantar na Sogipa e contamos com a presença de todos/as”, ressaltou. “A ADUFRGS não parou durante a pandemia.  Nós conquistamos a recomendação da certificação da ISO 9001, que melhora os processos de gestão da qualidade. Outra novidade é a aquisição de nossa unidade móvel, representada na exposição através de uma miniatura. A unidade vai atender os 11 municípios de nossa base. Essas conquistas somente foram possíveis com o esforço da nossa diretoria, dos filiados/as e dos nossos colaboradores”, enfatizou.

Segundo Vieira, nestes 44 anos de fundação a ADUFRGS-Sindical mostra-se cada vez mais ágil e inovadora. “A conquista da recomendação da ISO 9001/2015 tornou o sindicato mais compatível com o tamanho da sede e da importância da luta em defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade. A gente se vê nessa exposição e relembra momentos marcantes da trajetória sindical dos docentes”, salientou.

Entre o público que circulou pela exposição estava o casal Luiz e Lisete Glock, que lembraram com carinho de nomes históricos que deixaram saudades. “Muito bacana colocar em nossa memória esses registros, que foram épocas conturbadas de lutas sérias que valeram a pena. Inclusive, nós vimos aqui nessa mostra a ata de filiação da entidade com o nome de pessoas que já não estão mais aqui. Isso mostra que a ADUFRGS tem uma história que é respeitada”, disse Luiz. “A exposição está muito bem documentada. São momentos inesquecíveis que ficam na memória de todas as gerações”, completou Lisete.

O professor aposentado Lúcio Hagemann manifestou que a exposição representa a própria universidade. “A ação que se instituiu logo após o movimento revolucionário dos docentes em criar a associação resultou no que estamos vendo hoje aqui, uma reminiscência histórica importante para a universidade pública. É fantástica a iniciativa da ADUFRGS em promover esse evento que é um resgate histórico”, manifestou.

A professora canadense, Kathryn Lum, que veio de uma universidade da Inglaterra para ministrar aula na FACED/UFRGS, ficou feliz em participar do evento. “Quero conhecer melhor meus colegas e essa exposição foi uma grande oportunidade. Parabéns ao sindicato pelo resgate histórico registrado em fotos”, falou agradecendo o convite.

 

Coral ADUFRGS conquistou o público

A exposição fotográfica teve a apresentação do Coral ADUFRGS, que interpretou canções de vários estilos que fazem um passeio na história musical do Brasil, relembrando a época dos protestos na voz de Chico Buarque, passando por Raul Elwanger, os dias atuais com a sonoridade de Lenine e Dudu Falcão, além do samba bossa de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Confira:

Roda Viva – 1967 – Chico Buarque de Holanda – Uma canção de Protesto em épocas de turbulência. Em função da situação política que vivia o país, Roda Viva ganhou um caráter de música de contestação ao governo militar e passou a ser associada como um dos hinos de resistência ao regime do presidente Emílio Médici. O próprio autor diz que na época escreveu a peça com base nas experiências que vivia, no mundo do teatro de revista, pois se sentia atordoado e não sabia como lidar com a fama e a agitação do meio artístico, por isso escrevia para extravasar suas aflições. Fonte: https://argonautha.com/

Pealo de Sangue – 1979 – Raul Ellwanger – Lançada pouco depois da volta do exílio, Pealo de Sangue parece expressar as dúvidas carregadas pelo compositor e por sua geração: “que mistérios trago no peito? Que tristezas guardo comigo?”. Parece, ainda, revelar a importância das raízes das quais ele teve que se manter separado, tristemente, por uma década.

Fonte: http://cabmn.blogspot.com/

Paciência – 1999 – Lenine e Dudu Falcão – Paciência, de Lenine, nos convida a repensar a agitação da vida, em prol de momentos de uma maior reflexão e mais calmaria. Canção foi lançada em 1999, no álbum Na Pressão. A canção acabou por se tornar atemporal, em grande parte pela beleza da melodia, e por tratar de um tema tão comum à sociedade moderna: a necessidade de momentos de paciência em um mundo tão agitado.

Fonte: https://versoseprosas.com.br/

Consolação – 1963 – Baden Powell – Lançada no CD “Os Afro Sambas” de Baden e Vinícius. Uma música com ritmo alegre que marcou a trajetória do coral pela mensagem que a música traz e pela grande aceitação do público nos concertos e encontros de coros que o grupo participou.