O diretor Tesoureiro da ADUFRGS-Sindical, professor Eduardo Rolim, fez um alerta, nesta quarta-feira, 8, durante participação no programa Bom Dia, Democracia, da Rede Estação Democracia, quanto à ameaça de privatização da previdência complementar dos servidores públicos, a partir da edição da Medida Provisória 1119, de 25 de maio de 2022, que visa alterar a Lei nº 12.618, de 2012.
Eduardo Rolim destacou que a MP “retira a natureza pública da Funpresp, o que pode implicar na privatização das contas individuais de aposentadoria dos servidores públicos federais”, e manifestou preocupação com relação à mudança na gestão da Funpresp, permitindo a contratação direta de terceiros, como bancos e seguradoras, aumentando o risco de prejuízos aos trabalhadores. “O que nós defendemos é que deveria continuar como fundo de pensão, uma fundação de natureza pública, com o controle do serviço público. A previdência é um dos espaços onde os bancos podem lucrar mais, pois todos temos que guardar dinheiro para aposentadoria. Quer mercado melhor que esse? O problema é que banco visa lucro e o ele será auferido às custas da poupança das pessoas. A fundação pública não visa lucro, o único objetivo é a gestão dos fundos de pensão via licitação”, explicou.
O sindicalista lembrou que o governo divulga as mudanças como sendo benéficas, mas que é preciso estar atento a todos os fatores envolvidos, que acabam prejudicando os servidores, e destacou a importância de munir os filiados e filiadas da ADUFRGS-Sindical com todas as informações sobre o caso, por meio de entrevistas como essa e artigos, como o publicado recentemente no site do sindicato (veja aqui), assim como é importante pressionar os parlamentares para que não aprovem medidas prejudiciais à categoria. “Estamos lutando junto com o PROIFES-Federação e entidades de servidores públicos para que a MP não passe no Congresso Nacional, onde há mais de 200 emendas visando mudar a medida”, informou.
Leia também
Diretor Tesoureiro da ADUFRGS-Sindical escreve artigo sobre Funpresp