O Encontro Nacional do PROIFES-Federação está em sua 18ª edição e voltou a acontecer presencialmente, reunindo representantes de todo o país com agenda ampla em defesa da educação pública. As atividades tiveram início na noite de ontem (12) e seguem até a próxima quinta-feira (14) na cidade de Natal-RN.
Após a mesa de discussões que abriu os trabalhos do dia reunindo especialistas em educação para traçar um panorama do ensino na América Latina, os professores participaram do Eixo I de debates intitulado “A crise na sociedade brasileira, seu aprofundamento em 2022 e os reflexos das IFES”.
O eixo contou com cinco textos apresentados por delegados oriundos da ADUFSCar-Sindicato e da ADUFRGS-Sindical, além do texto norteador “O Brasil que não queremos e o Brasil pelo qual lutamos”, escrito por Wellington Duarte, presidente interino do PROIFES-Federação e diretor do ADURN-Sindicato. Duarte expôs números preocupantes que retratam o atual cenário político e econômico brasileiro e contextualizou o fato de que “o grande vilão das IFES, embora um tanto esquecido, é a Emenda Constitucional 95, que travou as possibilidades de novos investimentos públicos”.
Os autores dos cinco textos colocaram em debate questões que atravessam temas urgentes como a defesa da democracia e da educação pública no Brasil, e a necessidade de mobilização popular e sindical constante, antes e depois das eleições presidenciais, de modo a barrar os já corriqueiros acordos do Centrão capazes de impossibilitar o trabalho de um possível e esperado gestor progressista.
Todas as propostas foram votadas pelos delegados presentes e serão avaliadas, posteriormente, pelo Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação para então compor a agenda de lutas da entidade.
Até o final do evento, os professores e professoras participarão ainda de discussões em torno de cinco outros eixos temáticos; dois deles ao longo da tarde de hoje, e três durante esta quinta-feira, 14 de julho.
Fotos: PROIFES-Federação