ADUFRGS-Sindical reúne-se com reitores, movimento estudantil e entidades para preparar mobilização contra os cortes orçamentários na Educação

Na tarde desta segunda-feira, 10, a diretoria da ADUFRGS-Sindical esteve reunida com reitores, representantes do movimento estudantil, da ASSURGS e Andes UFRGS para organizar uma mobilização contra os cortes orçamentários na Educação.

O encontro híbrido contou com a presença da reitora da UFCSPA, Lúcia Pellanda, do reitor do IFRS, Júlio Xandro, do presidente do sindicato, Jairo Bolter, da vice-presidente, Ana Boff de Godoy, da diretora de Comunicação, Ana Karin Nunes, da diretora de Relações Sindicais, Maria Cristina Martins, da diretora de Assuntos de Aposentadoria e Previdência, Mariliz Gutterres, da diretora de Magistério Superior, Elizabeth de Carvalho Castro, e de representantes do Conselho de Representantes, Sônia Mara Ogiba e Fabrício Edler Macagnan.

A manifestação é resultado do anúncio feito pelo Governo Federal, na semana passada, de um bloqueio de R$ 328 milhões, que foi revertido devido ao clamor das entidades de classe.

Na ocasião, o reitor do IFRS, Júlio Xandro, alertou sobre a projeto orçamentário para 2023 enviado ao Congresso pelo Governo Federal, que comprometerá o funcionamento dos institutos. A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que abarca mais de um milhão e meio de estudantes e 80 mil servidores já sofreu esse ano um corte um corte de R$ 150 milhões.

A reitora da UFCSPA, Lúcia Pellanda, salientou que a situação da universidade vem com uma queda de orçamento progressiva semelhante aos institutos federais e demais universidades. “Aumentamos o número de alunos nos últimos anos e diminuímos o orçamento de custeio e investimento. Neste ano a Lei Orçamentária Anual (LOA) já foi aprovada com um valor abaixo para recompor o orçamento que precisávamos. No caso da UFCSPA, o corte foi de R$ 2,2 bilhões que para nós faz muita diferença. Tais cortes inviabilizam a política estudantil e uma série de editais de pesquisa, ciência e tecnologia importantes para o desenvolvimento do País”, advertiu.

O presidente da ADUFRGS-Sindical, Jairo Bolter, reforçou o empenho do sindicato nas ações conjuntas em defesa da educação pública de qualidade social. “Vamos manter a unidade com nossa base, os trabalhadores da educação e lideranças do movimento estudantil para reverter os cortes orçamentários, a EC 95 do Teto de Gastos, a PEC 32 e a tentativa de desmonte da educação pública”, ressaltou.

Segundo Gabriel Lucena, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), os cortes inviabilizam o orçamento das universidades e podem ser irreversíveis. “Vamos fazer uma grande mobilização para derrotar a política de desmonte da educação pública promovida pelo Governo Federal”, protestou.

O presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), Airton Silva insistiu na importância da unidade para fortalecer a luta em defesa da educação pública. “Estamos reunidos em assembleias e atos para organizar uma grande mobilização no dia 18 de outubro, a fim de denunciar esse projeto que está em curso em nosso país, que precisamos derrotar, o desmonte da educação pública, o ataque a nossa democracia interna e contra os cortes na educação que podem inviabilizar o funcionamento das universidades”, declarou.

“No dia 13 de outubro, faremos uma assembleia para reafirmar que manteremos a unidade para combater os cortes na educação. O ensino público é o futuro do País e dia 18 de outubro estaremos na rua mobilizados”, salientou a representante do DCE/UFRGS, Cecília Machado.

 “Nós somos uma universidade sob intervenção que não abre as contas. O que sabemos é que ocorrem cortes em áreas essenciais como a manutenção da instituição e o apoio aos estudantes. Diante disso seguimos em campanha contra os cortes orçamentários”, afirmou Ceci Araujo Misoczky, do ANDES/UFRGS.

De acordo com Maristela Cabral da Silva Piedade, da ASSUFRGS, os cortes preocupam e colocam em risco a viabilidade e o futuro da educação do País. “Precisamos seguir unidos contra a política do governo federal, que não é de hoje, que vem investindo no desmonte dos serviços públicos”, frisou.