ADUFRGS-Sindical parabeniza professoras e professores da UFRGS pela presença no top 2% dos pesquisadores mais influentes do mundo

A ADUFRGS-Sindical saúda as professoras e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pela presença no top 2% dos pesquisadores mais influentes do mundo, ranking desenvolvido pela Stanford University (veja aqui). A diretora de Assuntos de Aposentadoria e Previdência do sindicato, professora Mariliz Gutterres, é uma das destacadas. 

A lista reúne os cem mil cientistas mais influentes do mundo, pelo score de citações ou os 2% mais relevantes mundialmente em suas subáreas de conhecimento. Foram incluídos os 195.605 cientistas mais citados ao longo da carreira e 200.409 nomes considerando o último ano do levantamento, que considera métricas de citação padronizadas, como informações sobre citações, índice de produtividade e impacto com base nos artigos mais citados, coautoria, impacto do pesquisador ao longo da carreira e também uma relação sobre o impacto do pesquisador somente no ano.

Conforme a diretora Mariliz Gutterres, que está aposentada, mas segue atuando como orientadora de pós-graduação na área de Engenharia Química, o destaque representa estar entre os 2% mais citados no mundo. A professora chama atenção para o fato de que mesmo que a lista seja divulgada anualmente, os resultados refletem anos de pesquisa, até culminar na publicação dos artigos em revistas internacionalmente reconhecidas e assim receber citações por outros pesquisadores. “Considera-se quantas vezes esses artigos são citados por outros pesquisadores, que passam a usar o trabalho como referência em suas metodologias, influenciando nos temas e embasamento de novas pesquisas”, explica.

A sindicalista lembra que para manter esses resultados é preciso manter o investimento no que chama de “círculo virtuoso da ciência”. “É um somatório dos anos de dedicação à pesquisa, que começa na iniciação científica, mestrados, doutorados, pós-doutorados, busca por bolsas e formação de grupos de pesquisas”, relata Mariliz. 

A diretora lembra que como os artigos são publicados anos após o início de todo esse processo de formação de pesquisadores e trabalho nos laboratórios, os sucessivos cortes que vêm ocorrendo no orçamento da Educação irão refletir nos próximos anos. “Chegamos ao pico em 2015, com investimentos de R$ 13,97 bilhões, que caíram para R$ 4,8 bilhões em 2020, além dos novos cortes desde então”, preocupa-se a professora. Mariliz lembra que as verbas das universidades destinam-se principalmente à sua manutenção e infraestrutura, enquanto recursos para pesquisas precisam ser buscados junto a órgãos de fomento. 

Os cortes, recorda a professora, também levam à evasão e à “fuga de cérebros”. “A queda na procura de cursos de graduação em universidades públicas federais entre 2015 e 2021 chega a 60%. É importante continuar fomentando o ingresso de novos graduandos e pós-graduandos nas universidades. Nada se faz sozinho, é preciso formar esses grupos de pesquisas e manter os cientistas no país”, diz Mariliz. A professora reforça que a falta de fomento e atrativos acaba resultando na saída de pesquisadores do Brasil, levando tecnologia e desenvolvimento para outros países, inclusive conhecimento pioneiro que acaba sendo levado para fora. “A internacionalização é importante, mas a maior porcentagem precisa permanecer no país, isso reflete no nosso desenvolvimento econômico”, reforça. “O desmonte da pesquisa, dos laboratórios, a fuga de cérebros, geram perdas e declínios que levam tempo para recuperar, e muitas vezes são irrecuperáveis”, alerta.

A ADUFRGS-Sindical está com uma campanha pelo voto em defesa da ciência e da educação pública, gratuita, inclusiva, laica e de qualidade social. A campanha “Votar é sua força” lembra a todas e todos que votar é mais que um direito, é nossa força.

Entre os pesquisadores, há filiadas e filiados da ADUFRGS. Veja quem são (ordem alfabética pelo sobrenome): 

Amico, Sandro C.

Baumvol, I. J.R.

Bayer, Cimélio

Beck, Ruy Carlos Ruver

Bergmann, C. P.

Bernardes, Andréa Moura

Brandelli, Adriano

Carvalho, Paulo César F.

Consoli, Nilo Cesar

Duncan, Bruce B.

Dupont, Jairton

Elisabetsky, Elaine

Fleck, Marcelo Pio de Almeida

Fuchs, Flávio D.

Giugliani, Elsa Regina Justo

Guterres, S. S.

Gutterres, Mariliz

Haas, F.

Henriques, Amélia Teresinha

Levin, Yan

Lima, Eder C.

Margis, Rogério

Pillar, Valério D.

Pohlmann, A. R.

Rates, Stela Maris Kuze

Riera, Jorge Daniel

Rodrigues, Rafael C.

Scharcanski, Jacob

Scherer, Claiton Marlon Dos Santos

Schmidt, Maria Inês

Schwartsmann, Gilberto

Storchi-Bergmann, Thaisa

Wajner, Moacir

 

 

Foto: SECOM UFRGS

 

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