Presidente da ADUFRGS-Sindical reúne-se com Lula, ministro do Trabalho e centrais sindicais

Durante reunião em Brasília na manhã desta quarta-feira, 18, no Palácio do Planalto, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho e representantes de centrais sindicais, o presidente da ADUFRGS-Sindical, Jairo Bolter destacou que “há muitos anos nos movimentamos para unificar os trabalhadores do setor público e a iniciativa privada, na luta em defesa do trabalho digno para todos e todas”.

Bolter também considerou que a precarização do trabalho afeta diretamente as atividades diárias das instituições federais de ensino superior. “Hoje, infelizmente, os jovens ao concluírem sua graduação acabam se deparando com o fantasma do desemprego. Muitos estão saindo com diplomas de graduados, mestres, doutores e estão adentrando ao trabalho informal, em especial nas plataformas virtuais de serviços”, avaliou.

Em seu pronunciamento, o presidente da República defendeu o sindicalismo como representatividade no mundo do trabalho. “Acham que o mundo moderno não precisa de sindicatos. Mas a democracia, quanto mais forte, mais precisa de sindicatos. Para representar os desejos dos trabalhadores”, afirmou.

Lula também defendeu a valorização salarial dos trabalhadores. “Nós temos que construir um novo tempo. Não adianta o PIB crescer se ele não for distribuído com o trabalhador brasileiro. O salário mínimo tem que crescer de acordo com o crescimento da economia”, ressaltou.

Na ocasião, o presidente Lula anunciou a criação de um grupo de discussão para tratar de uma política permanente de valorização do salário mínimo. Hoje, o salário mínimo é de R$ 1.302 e o atual governo ainda não implantou o valor prometido durante a transição, que seria de R$ 1.320. Ainda não há data para a adoção do novo valor, que será debatido por esse grupo.

O ministro Luiz Marinho informou que serão criados outros dois grupos de trabalho, um para a valorização da negociação coletiva e outro para fortalecer os sindicatos brasileiros.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre comentou – “É importante que esse novo Ministério do Trabalho atue junto com os Ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Previdência e do Desenvolvimento Agrário para que o crescimento do País venha acompanhado de emprego de qualidade e protegido com organização sindical”, ressaltou.