As bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deverão ser pagas com o reajuste de valor já no mês de março. A expectativa é de que as bolsas sejam reajustadas, em média, em 44%, e que o primeiro pagamento seja feito em março, referente ao mês de fevereiro. Ou seja, as bolsas pagas em março estariam com o valor reajustado. A Comunicação da ADUFRGS-Sindical confirmou com fontes ligadas ao gabinete do ministro da Educação que o aumento vai ocorrer, e é possível que os índices, ainda não definidos, sejam ainda maiores, a aguardar. Os benefícios devem ser anunciados em evento com o ministro da Educação Camilo Santana e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, previsto para o final da próxima semana.
O presidente da ADUFRGS-Sindical, Jairo Bolter, falou sobre a conquista, “fruto de muita luta, conversas e negociações entre as entidades sindicais e sociais dos professores, técnicos e alunos das nossas instituições de ensino, com o atual governo federal”. “Para nós, o aumento de aproximadamente 40% nos valores das bolsas da Capes e do CNPq representa um ganho muito significativo para a comunidade acadêmica. Há cerca de 10 anos sem reajustes, o valor das bolsas foi corroído pela inflação”, comentou o sindicalista.
Bolter disse ainda esperar que esse reajuste seja a primeira de outras correções e conquistas. “Esse aumento, logo no início do mandato do atual governo, mostra o compromisso deste para com a educação e a ciência, sem as quais não teremos desenvolvimento. Iniciamos um novo momento no País e esperamos que ao longo dos próximos dias novas conquistas sejam divulgadas”, afirmou.
O diálogo e a importância dos profissionais da educação para o Brasil têm sido os balizadores das discussões pela valorização e recomposição salarial dos docentes, relatou Bolter. “Estamos trabalhando muito junto às mesas de negociações e de diálogo para avançarmos ainda mais no desenvolvimento da educação pública e da ciência brasileira. Estamos tendo aderência às nossas pautas de reivindicações e acreditamos que muitos avanços ainda virão. Defendemos junto ao governo que só conseguiremos atingir um desenvolvimento pleno no país com fortes investimentos em educação pública e na ciência. Precisamos lutar por mais valorização dos profissionais da educação, sem os quais nossas instituições, o governo e o país perdem”, completou.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil