“Os professores no centro da reconstrução do Brasil”: confira o artigo do presidente da ADUFRGS-Sindical em GZH

É preciso valorizar a luta dos professores da educação pública na reconstrução do Brasil

Por Jairo Bolter, presidente da ADUFRGS-Sindical

É a hora de reconstruir o Brasil. Os professores das instituições federais de ensino são parte de uma sociedade que clama por mais educação, cultura e democracia.

É o momento de resgatar os conceitos humanitários, de ética e de valorização do saber das universidades e institutos federais. Ter a ideia de educação não só no simbolismo, mas também aplicá-la para intensificar as relações com o setor produtivo e social. A agenda da educação é a agenda propulsora da economia, da geração de emprego, de ciência e tecnologia e do desenvolvimento do país. Nós, professores, não podemos perder essa oportunidade de trabalhar em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. A palavra é atitude: alimentar a atitude de construção, reconstrução, conhecimento e cultura de um novo marco civilizatório para transformar o Brasil.

A educação crítica é uma forma de resistência e de transformação do mundo e, por isso, o papel dos professores torna-se crucial para o futuro que se queira construir. E hoje trata-se não só de construir um país mais justo, mas também de reconstruir as próprias bases da democracia brasileira. Essa reconstrução passa, necessariamente, pela escola, pelos institutos federais, pelas universidades, pelos estudantes, professores e técnicos e, desse modo, a educação precisa ser posta na centralidade da política.

Este ano pode marcar o início de um novo ciclo, momento propício para retomar avanços. Um ano em que devemos privilegiar diálogos para que projetos estruturais para educação, ciência, tecnologia e cultura avancem e se consolidem como política de Estado.

Por isso, é necessário que a educação seja prioritariamente pública, com políticas de inclusão, assistência e permanência, novas modalidades de ensino, incentivo e fomento à extensão, recuperação de infraestrutura física e, acima de tudo, é preciso recuperar o prestígio e a valorização da categoria. É a hora de dialogar com a comunidade acadêmica e a sociedade e buscar, juntos, soluções numa interlocução com entidades que representem a educação, da creche à pós-graduação, gestores e trabalhadores.

É preciso valorizar a luta dos professores da educação pública na reconstrução do Brasil e construir caminhos para o desenvolvimento social e econômico.

 

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