No dia 15 de junho, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou audiência pública com o objetivo de debater o estatuto do trabalho com foco no arcabouço fiscal, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), piso nacional da enfermagem e serviços públicos.
Durante a audiência as entidades presentes no evento, dentre elas, o PROIFES-Federação, defenderam a exclusão dos recursos orçados para as áreas sociais, como a educação e a saúde, dos limites previstos no novo Regime Fiscal Sustentável, o novo arcabouço fiscal.
A inclusão dessas áreas na nova regra para a contenção dos gastos públicos foi decidida e aprovada durante a tramitação do projeto (PLP 93/2023) na Câmara dos Deputados. De iniciativa do Executivo, a proposta encontra-se agora em análise no Senado, tendo votação prevista para a próxima terça-feira (20) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo Plenário.
O membro do Conselho Deliberativo do PROIFES e presidente da ADUFRGS, Jairo Bolter, participou da mesa de discussão e reafirmou a posição do PROIFES de trabalhar a favor da educação pública e da ciência. “A educação pública é o melhor caminho para o desenvolvimento do País. Estudos comprovam que a cada real investido em educação retornam 10 reais às famílias e ao Estado, ou seja, retorno de 90% do investimento”, salientou.
O professor defendeu a retirada do Fundeb do arcabouço fiscal. “Nenhum País, Estado e Município cresce tirando dinheiro da educação. Precisamos discutir taxa de juros no Brasil que tira dinheiro da educação pública para pagar dívidas e especuladores internacionais. Precisamos taxar impostos de quem não paga. Não coloquem gatilho na educação para o bem do povo e do Brasil”, afirmou.
Também participaram da audiência a diretora de comunicação do PROIFES, Gilka Pimentel e os membros do Conselho Deliberativo, Ana Boff e Paulo Silva.
Na ocasião, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, informou que o relator do projeto do arcabouço, senador Omar Aziz (PSD-AM), já anunciou que vai retirar o Fundeb dos limites do novo regime fiscal. Segundo Paim, essa retirada é fruto da sensibilidade do relator e também da “mobilização de todos que trabalharam nesse sentido”. Para o presidente da CDH, as audiências são importantes para construir “entendimentos significativos” sobre o novo regime fiscal e seus impactos.
Fonte: PROIFES-Federação