Pode parecer lógico afirmar isso, mas, em tempos de guerra, é necessário lembrar o óbvio: crianças não fazem guerra.
Crianças não fazem guerra.
Pode parecer lógico afirmar isso, mas, em tempos de guerra, é necessário lembrar o óbvio: crianças não fazem guerra.
Há crianças raptadas pelo Hamas e crianças detidas e aprisionadas por Israel. Metade dos mais de 2 milhões dos habitantes da Faixa de Gaza são crianças e adolescentes e, infelizmente, eles não têm condições de questionar ou muito menos derrubar um governo, qualquer governo, ainda que indesejado.
Na Faixa de Gaza, em quase dois meses de ataques, os bombardeios israelenses já deixaram mais de 15.000 mortos, sendo mais de 6.000 crianças e cerca de 4.000 mulheres. Há ainda 7.000 desaparecidos e ao menos 35 mil feridos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, desde o início disse que um cessar-fogo humanitário era urgente (o que só agora ocorreu) e que a situação no território palestino é uma “crise da humanidade”. Somam mais de 100 os trabalhadores das Nações Unidas mortos nos bombardeios israelenses.
Quando uma criança é ferida por uma bomba, privada de atendimento médico, de ir à escola, de acesso à alimentação e água, de seu direito de brincar, de ser criança e, em última instância, quando uma criança é assassinada, todos nós falhamos como seres humanos. Todos nós, adultos, falhamos.
Vão-se já quase 80 anos da fundação do Estado de Israel, o que significou igual período sem que o povo palestino tenha concretizado o sonho de sua independência. A luta do povo palestino adentrou o século XXI representando as aspirações de um mundo melhor, de um futuro melhor para todos. Nela se materializam e condensam o anticolonialismo, o antirracismo, a luta contra a desigualdade social, por igualdade, por trabalho decente, pelo direito de ir e vir, enfim, por cidadania para todos.
A ADUFRGS-Sindical reconhece e apoia as lutas do povo palestino e reconhece o direito de jovens, mulheres e crianças terem garantidas suas vidas com dignidade.
Para israelenses e palestinos, são quase 80 anos sem paz. Urge que os adultos, de ambos os lados, sentem-se à mesa e tomem atitudes concretas para preservar as vidas das crianças. Cessar-fogo imediato! Fim das hostilidades! Retirada dos territórios ocupados! Direito de retorno aos refugiados! Cidadania plena para todos!
Diretoria ADUFRGS-Sindical