A bolha dos bilionários, que se julga dona do Brasil, quer cortar os investimentos do governo nas áreas que olham para a maioria da população brasileira. Com o objetivo de melhorar seus ganhos, os especuladores não veem problema em que se cortem investimentos na educação, na saúde e na assistência social. Outra área seguidamente atacada é a previdência.
Na lógica da bolha, força-se o governo a cobrar menos impostos das empresas que, supostamente, criariam mais empregos. O governo está embretado com pressões e exigências do tal mercado. Se cortar no social, perde a sua base e decepciona parte do seu grupo. Se não cortar, vira alvo permanente das metralhadoras do mercado financeiro. Para eles, a solução é mágica: retirar o pobre do orçamento. Eles exigem a desvinculação das aposentadorias do INSS ao salário mínimo e pregam o fim das despesas públicas com súde e educação (direitos constitucionais), além do corte de programas sociais, bem como o BPC.
Está claro que no fundo – e nem tão fundo assim -, tudo se trata de um embate político para atacar o governo. Recentemente, a Central Única dos Trabalhadores publicou em suas redes sociais o seguinte esclarecimento:
“No momento em que o governo federal, eleito para reconstruir o país, vem obtendo resultados significativos na recuperação do nível de emprego, do salário e da renda da população, tais avanços são apresentados como pretexto para forçar ainda mais a elevação da taxa básica de juros, quando o país e suas forças produtivas demandam exatamente o contrário: mais crédito e mais investimento para fazer a economia girar.”
O poder financeiro, o mercado e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior.
Precisamos combater essa falsa ideia de que o equilíbrio fiscal se dá a partir dos cortes nos investimentos nas áreas que atendem a maioria da população do país. As pressões exercidas pelas forças vinculadas ao sistema financeiro sobre o conjunto da sociedade são gigantescas.
A ADUFRGS-Sindical espera que o governo não se renda às pressões dos especuladores e continue investindo em políticas e programas públicos que buscam impulsionar o desenvolvimento do país, com geração de emprego, distribuição de renda e equidade social. O equilíbrio fiscal pode ser atingido retirando os privilégios das elites que não pagam impostos sobre suas fortunas, ganham isenções tributárias e fiscais e recebem pensões públicas injustificadas, além de receber salários acima do teto constitucional. Ademais, parte dos ajustes necessários pode se dar com o fim das emendas impositivas, conhecidas como Emendas PIX.
Continuaremos lutando por mais recursos financeiros para a educação e para a ciência, por acreditarmos que o desenvolvimento do país sustenta-se nessas duas áreas – que já não mais suportam cortes e ataques.
Diretoria ADUFRGS-Sindical