XX Encontro Nacional: segunda mesa traz análise da conjuntura nacional

Em continuidade à programação do XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação, que acontece este ano na capital goiana, foi oportunizada pelo evento na manhã desta quinta-feira, 21, a segunda mesa de discussão: Análise da Conjuntura Nacional, com a participação do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Augusto, mediada pelo presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte.

Em sua explanação inicial, o diretor do DIAP trouxe a reflexão geral de que o cenário do mundo atual, sob o ponto de vista social e político, está “caótico, confuso e, sobretudo, conflagrado, onde opiniões são formadas sem qualquer controle ou mediação, muitas vezes influenciadas por algoritmos com propósitos nítidos para desestabilizar governos e instituições que contrariem os interesses do mercado”. Sobre isso, Antônio reflete que essa situação fomenta cada vez mais as práticas antidemocráticas e anti-ciência.

De acordo com Antônio Augusto, a conjuntura da política brasileira será impactada por cinco grandes eventos durante os próximos dois anos, além do fenômeno mundial já citado anteriormente: o desempenho da economia; a leitura da força política durante as eleições municipais 2024; as eleições presidenciais dos Estados Unidos; ajuste fiscal em elaboração; e a disputa em torno da presidência da Câmara dos Deputados e Senado Federal. Segundo Augusto, estes elementos serão norteadores para a continuidade do projeto político atual.

A respeito da Economia do Brasil, o diretor do DIAP cita que “pelo menos quatro indicadores-chave se mantêm positivos nestes dois anos de mandato: o aumento do PIB, do emprego formal, o crescimento da renda e a manutenção da meta da inflação”. Sobre a representação do governo atual nas eleições 2024, o convidado da mesa esclareceu que os resultados negativos apresentados pela mídia não ocorreram como o que foi divulgado. Na verdade, “houve uma certa calibragem do governo para manter uma relação pacífica com sua base de apoio de não lançar candidatos em vários Estados”, enfatizou Augusto.

Quanto às eleições nos Estados Unidos, Antônio pontua que o governo brasileiro deverá ter “habilidade no relacionamento com o presidente americano, e intensificar a relação com Ásia, Europa e o próprio Mercosul”. O debate sobre o ajuste fiscal em elaboração, por sua vez, tem sofrido com a pressão acerca do corte de gastos, incluindo o enquadramento dos gastos governamentais como saúde, educação e salário mínimo. Ainda de acordo com Antônio Augusto, o ajuste fiscal é um tema “sensível, que vai impactar muito a popularidade do governo”.

Por fim, sobre a eleição para a presidência da Câmara e do Senado, o convidado explicou aos presentes que o governo federal precisa articular uma base sólida, de modo que conquiste aprovações acerca de mudanças estruturais, especialmente quanto à votação da Reforma Tributária, e votar pautas sociais que estão pendentes. “Então, temos um desafio monumental pela frente e que a administração destes cinco eventos é determinante para o resultado da eleição daqui a dois anos e também da continuidade, ou não, de avanços nestes próximos anos”, finalizou o dirigente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

Confira artigo do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Augusto, de Queiroz, com o tema “A saga dos aposentados contra a contribuição dos inativos no serviço público”, mencionado no evento, clicando aqui.