ADUFRGS-Sindical tem destacada participação no XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação

Delegados e observadores da ADUFRGS-Sindical

Com uma delegação de 11 pessoas, entre delegados eleitos e observadores, a ADUFRGS-Sindical participou de forma destacada do XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação, realizado de 20 a 22 de novembro em Goiânia, na sede da Adufg. O grupo mediou debates, apresentou propostas, registrando mais um ano de participação destacada no evento.

Na abertura, o presidente Jairo Bolter falou sobre a presença do Sindicato em mais um ano de discussões, assim como celebrou os vinte anos da Federação. “Estamos aqui em Goiânia participando do XX Encontro do PROIFES-Federação com uma importante caravana de professores e professoras que foram eleitos pela nossa base, pelos filiados da ADUFRGS, para estarem aqui representando o nosso sindicato. Além de celebrarmos os vinte anos da Federação, estamos construindo um importante debate acerca do seu futuro, da carreira do Magistério Federal e também dos institutos e das universidades federais”, apontou. (Assista aqui a manifestação completa.) 

Bolter lembrou que o PROIFES é responsável por importantes debates e conquistas para os docentes. “Liderou a construção, assinou acordos em benefício dos professores e das professoras do Magistério Federal, e certamente tem muito a contribuir com a reestruturação da nossa carreira, com mais conquistas salariais, e também para ajudar na reconstrução das nossas universidades e institutos federais”, afirmou o sindicalista. “Certamente, por meio das universidades e dos institutos federais, o país se fortalecerá”, complementou.

O primeiro dia de discussões foi aberto por uma mesa internacional que abordou os desafios para a luta por uma educação pública de qualidade em diferentes países, mediada pela vice-presidenta da ADUFRGS-Sindical, Ana Boff de Godoy, com Carlos de Feo, secretário general da Federación Nacional de Docentes Universitarios (CONADU) e José Augusto Cardoso, secretário Geral da Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), como debatedores. “Foi uma análise de conjuntura internacional onde conhecemos mais sobre a realidade de outros países, inclusive da África: Guiné-Bissau, Moçambique, Angola, Timor Leste, e depois América Latina, especificamente Argentina. Apesar de distantes realidades culturais observamos muitos pontos que nos unem”, relatou. (Assista aqui a análise da vice-presidenta) 

A seguir, uma segunda mesa abordou a conjuntura nacional, onde membros da delegação puderam participar e incluir discussões como a que envolve a luta dos aposentados contra a contribuição dos inativos no serviço público.

A diretora de Secretaria da ADUFRGS-Sindical, Regina Witt, mediou a mesa do Eixo I “Carreira e salários: o que conquistamos e o que falta conquistar”, junto ao professor Geci Silva, diretor de assuntos educacionais do Magistério Superior, sempre com contribuições da delegação nos debates. O presidente da ADUFRGS e diretor tesoureiro do PROIFES, Jairo Bolter, reforçou a importância do debate de temas ligados ao cotidiano dos docentes, de forma democrática e esclarecedora junto à base, como acontece no XX Encontro Nacional do PROIFES. Para ele, “se tem uma coisa que nos fortalece enquanto Federação, é o domínio das discussões sobre temas que realmente nos interessam, que nos atinge no cotidiano. A forma qualificada como a Federação faz os debates sobre esses temas nos aproxima muito das bases”, concluiu.

O Eixo II abordou “O compromisso do PROIFES-Federação com a defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação”, com mediação do integrante do GT de Ciência e Tecnologia do PROIFES, Dárlio Inácio e coordenação do diretor de Ciência e Tecnologia, Ênio Pontes, além de fala da professora Bárbara Coelho, integrante do Grupo de Trabalho, sobre inteligência artificial. Entre as propostas da ADUFRGS-Sindical, a diretora Regina Witt sugeriu considerar o caráter político da abordagem de desastres como uma luta a ser incluída. Ana Karin Nunes, diretora de Comunicação da ADUFRGS, indicou a necessidade de atenção ao sistema de avaliação da pós-graduação, que atualmente tem problemas e precisa de revisão.

O Eixo III, “Breve análise de políticas educacionais do país: contribuições do GT Educação”, debateu os desafios atuais no ensino superior, técnico, básico e na extensão. Foram debatidas a evasão escolar na educação superior, a diminuição no número de ingressantes nas instituições federais e o aumento da oferta e procura por cursos na modalidade de Educação à Distância (EaD), principalmente entre os cursos de licenciatura. Também entrou na discussão a abertura da contratação pelo regime CLT no funcionalismo público, uma grande preocupação para a categoria, que gira em torno da reforma administrativa. (Leia aqui a posição da ADUFRGS sobre recente decisão do STF sobre o Regime Jurídico Único.)

Outras pautas que figuraram no debate e fizeram parte das sugestões da ADUFRGS foram propostas em relação à acessibilidade e permanência na universidade, além de mercantilização da educação.

O Eixo IV, “Direitos Humanos e novos desafios: A Luta Permanente da Federação, foi coordenada pela diretora de Direitos Humanos do PROIFES, Rosangela Oliveira, e mediada pelo diretor de Assuntos Jurídicos, Oswaldo Negrão, e com a participação da professora Maria Meire Carvalho, diretora de Mulheres e Diversidade da Universidade Federal de Goiás (UFG), como palestrante.

A mesa de discussão “Aposentadoria e Previdência – Perspectivas e desafios”, do Eixo V, foi proposta pelo GT de Aposentadoria e pelo GT de Previdência. A coordenação, a convite da diretora de Seguridade Social do PROIFES, Raquel Nery, foi de Eduardo Rolim, tesoureiro da ADUFRGS-Sindical, e a mediação do diretor de Políticas Educacionais do EBTT da Federação, Romeu Bezerra, para a palestra de Antônio Bráulio de Carvalho, diretor de Administração e Finanças da Anapar. Assista aqui a avaliação do professor Eduardo Rolim sobre a importância do tema e a necessidade de se preparar para esta fase, especialmente após as mudanças dos últimos anos.

A última mesa, “Organização Sindical: Desafios da Construção da Democracia e a Pluralidade no Movimento Docente”, foi “um eixo transversal, que passa por tudo o que foi discutido durante o Encontro”, como definiu o presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte. 

Nesse sentido, o delegado e diretor de EBTT da ADUFRGS-Sindical, Roger Elias, sugeriu a disponibilização de espaços e momentos de acolhimento e escuta, levando em consideração a saúde mental dos e das docentes. Já a diretora de Comunicação Ana Karin Nunes defendeu que o PROIFES-Federação mantenha uma luta intransigente contra as fake news e a desinformação.

O delegado e presidente da ADUFRGS Sindical, Jairo Bolter, afirmou que o PROIFES é uma representação legítima do novo sindicalismo. “Nós lutamos muito e oferecemos muitas oportunidades para os nossos sindicalizados”, reforçou.

A diretora Ana Karin fez uma avaliação do evento (assista aqui), destacando a série de propostas levadas pela ADUFRGS-Sindical ao encontro a partir do contato com a sua base. “Ao longo destes dois dias, discutimos importantes temas para o ensino, para a pesquisa, para a extensão universitária, também para as questões relacionadas à carreira, à organização sindical. A ADUFRGS trouxe uma série de propostas a partir de uma escuta ativa da sua base sindical”, concluiu. A dirigente também comentou que a ideia é que essas propostas agora passem a ser incorporadas a outras propostas também trazidas por outros sindicatos da federação e devem ser discutidas pela executiva do PROIFES ainda no mês de dezembro. “A partir disso, teremos um documento. Esse documento será, então, compartilhado com toda a nossa base para que tenhamos claras quais são as nossas faltas de luta para o próximo ano”, finalizou.

Veja todas as notícias relacionadas o XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação aqui