Para a ADUFRGS-Sindical, não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos.
Desde o início do processo de disseminação da desinformação e dos discursos de ódio promovidos pelo Gabinete do Ódio (instaurado dentro do Palácio do Planalto no governo anterior) até os recentes atos terroristas em frente ao Supremo Tribunal Federal, passando pelas invasões aos prédios dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, com a consequente depredação do patrimônio brasileiro, até o planejamento da execução do Presidente da República, do seu Vice e do Ministro do Supremo, não há dúvidas que as ideias e práticas fascistas estão sendo reeditadas no Brasil.
O indiciamento, pela Polícia Federal, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 36 homens – sendo quatro ex-ministros daquele governo – por tentativa de golpe de Estado concorrem para o que nos alertou Umberto Eco: “O fascismo ainda está ao nosso redor, às vezes em trajes civis”.
Assim, o Brasil deve dar uma resposta firme contra a impunidade. Somente haverá pacificação no País quando os responsáveis pelos ataques à democracia forem punidos. E agora, mais do que nunca, é necessário punir os verdadeiros mandantes, pensadores e articuladores da tentativa de golpe de Estado.
Para a ADUFRGS-Sindical, não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Criminoso anistiado é criminoso impune, e a impunidade fragiliza a democracia.
Por isso, conclamamos os professores e as professoras federais a se engajarem conosco numa campanha junto à sociedade civil para o arquivamento do projeto de lei que busca anistiar os condenados pela tentativa de golpe de Estado. Acreditamos que a tramitação do projeto é inoportuna e danosa para o processo democrático, para a segurança institucional e para a paz nacional.
A ADUFRGS-sindical se posiciona firmemente contra qualquer tentativa de anistia a quem já foi condenado por atentar contra a democracia. Contra qualquer tentativa de golpe de Estado e de virada de mesa das eleições. Contra toda forma de terrorismo e de ameaça de vidas e dos processos democráticos.
Diretoria ADUFRGS-Sindical