Reajuste salarial: acordo desenhado pelo PROIFES foi referendado pelas demais entidades sindicais

A Medida Provisória 1286, de 31 de dezembro, formaliza o acordo do reajuste salarial dos servidores federais desenhado pelo PROIFES-Federação e sindicatos federados, entre eles a ADUFRGS-Sindical. Eduardo Rolim, diretor Tesoureiro da ADUFRGS-Sindical, em entrevista ao videocast do sindicato lembrou que apesar de eventualmente surgirem críticas, ele foi referendado pelas demais entidades sindicais.

A principal questão para mim desse acordo salarial – e isso para mim é definitivo em relação ao futuro – é que as três entidades sindicais, PROIFES, Sinasefe e Andes, as três entidades concordam integralmente com a carreira que o PROIFES criou, que é a Lei 12772. 

Sinasefe e Andes nunca mais vão poder dizer que “a carreira é ruim”, desestruturada. Eles assinaram um acordo que é igualzinho ao acordo que o PROIFES assinou, portanto eles concordam com a carreira que a gente fez. 

O acordo salarial consagra uma ideia de reestruturação de carreira que nós iniciamos em 2007, quando a gente acabou com a diferença entre ativos e aposentados e com a gratificação de desempenho, a partir do ano de 2008. Nós somos uma das primeiras carreiras que acabou com a gratificação de desempenho. Os técnicos administrativos da universidade nunca tiveram, mas nós deixamos de ter. Inclusive em 2011 deixamos de ter definitivamente, quando veio a (lei) 12772.

É interessante mostrar que quem lê a medida provisória (MP 1286) como um todo agora está vendo que um grande número de entidades sindicais está fazendo agora em 2025 aquilo que nós do PROIFES fizemos em 2008, portanto nós estamos 17 anos na frente de muitas entidades sindicais que agora estão incorporando gratificações de desempenho, principalmente para os aposentados. No caso deles eu acho que é uma coisa muito interessante que a gente conseguiu nesse acordo salarial, seguir no processo de reestruturação da carreira na qual nós estamos recuperando um passivo gigantesco que nós ganhamos na época do neoliberalismo no Brasil, nos anos 1990, quando nossa carreira foi profundamente desvalorizada.