Periódico existe desde 1988
A ADUFRGS-Sindical está divulgando a disponibilização para pesquisa de todo o acervo do Jornal ADverso, periódico que mantém desde o ano de 1988 e é um importante elemento da memória sindical no Rio Grande do Sul. A consulta das publicações pode ser feita a partir do site do Sindicato ou pelo endereço memoriaadverso.adufrgs.org.br.
Ao longo dos anos, o Jornal ADverso transitou entre os formatos de revista e jornal, com pautas de luta por melhores condições de carreira e salário, de defesa da democracia e dos direitos humanos fundamentais, de reflexão política e de momentos sociais e de comemoração. São mais de 35 anos de um instrumento de comunicação sindical que tenta manter vivo o espírito da defesa da educação pública e dos professores.
O jornal testemunhou a transformação para a ADUFRGS-Sindical, a ampliação de sua base de atuação e segue dedicado aos temas de interesse da educação pública. Passou por diferentes fases e formatos, e agora pode ser acessado por todos aqueles que desejam conhecer e pesquisar a história do sindicalismo docente federal no Rio Grande do Sul.
Fruto do Projeto de Extensão Memória ADverso, com a participação de professores e estudantes da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Fabico/UFRGS, a iniciativa teve início em 2023, e passou pelas etapas de organização, digitalização e catalogação do acervo. As publicações foram inseridas no Tainacan, plataforma de repositórios digitais utilizada por importantes instituições custodiadoras de acervo, como a própria UFRGS e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, entre outros, visando maior acesso, difusão e preservação dos arquivos, que passam a poder ser acessados por pesquisadores de qualquer lugar do mundo.
Uma das preocupações do projeto Memória ADverso é justamente que ele não se encerre com a digitalização do acervo e uso do repositório, e que a história se conecte à realidade atual, como explica a professora Leolíbia Linden, do Curso de Arquivologia no Departamento de Ciências da Informação da Fabico/UFRGS, que coordena o Projeto de Extensão junto com a professora Ana Karin Nunes. “A pauta do início da criação da ADUFRGS, que era uma luta pela democracia dentro da universidade – e do País também – recentemente voltou. É como se a gente tivesse retrocedido aos anos 70, anos 80, com a mesma necessidade de pauta, que é de fortalecer a importância do sindicato, da luta sindical para a democracia dentro do País, dentro do Estado e dentro da Universidade, a importância de tudo disso”, afirmou a professora, que considera que devem ser propostas ações contínuas de preservação e acesso, com melhorias e acréscimos à memória sindical.
Ana Karin Nunes, professora da UFRGS e Diretora de Comunicação do Sindicato, falou sobre a importância do Jornal ADverso para a comunicação sindical. “Ele surgiu com o propósito de trazer um discurso adverso, crítico, autônomo e independente, que representasse a voz dos professores. Poucas instituições sindicais do Brasil conseguiram, ao longo da história, manter um instrumento de comunicação sindical com um propósito tão definido e com formato flexível frente às novas plataformas e perfis de informação”, explicou, acrescentando que a memória sindical é muito rica e passível de pesquisa e mais novos projetos.
Saiba mais
O Projeto Memória ADverso nasceu em 2023 e partiu da necessidade de preservação do Jornal Memória ADverso, publicado desde 1988, portanto dez anos após a fundação da ADUFRGS-Sindical. A publicação teve vários formatos, de papel jornal a revista, e recentemente voltou a ser jornal, mas desde 2023 em tiragem limitada e formato híbrido, com conteúdo multimídia. Para operacionalizar a iniciativa, foi formalizado o projeto de Extensão Memória ADverso, que envolveu professores e estudantes da Fabico/UFRGS, do Curso de Arquivologia, e membros da equipe de Comunicação da ADUFRGS-Sindical.
Após a identificação, higienização e organização do acervo, foi dado início à fase de digitalização, que contou com o apoio do Centro de Documentação e Acervo Digital da Pesquisa (CEDAP) da Fabico/UFRGS, que permitiu que os diferentes formatos pelos quais o periódico passou pudessem ser digitalizados com o cuidado exigido. A seguir, foi feita a catalogação de todos os exemplares.
Para disponibilizar os acervos de forma on-line, foi utilizado o Tainacan, plugin de código aberto para WordPress, voltado para criação de repositórios digitais, que é usado em especial por museus, instituições culturais e educacionais que buscam organizar e expor suas coleções, através de metadados e filtros personalizados, em diferentes modos de visualização. Por ser de código aberto, está em permanente atualização e melhorias podem e devem ocorrer ao longo do processo, inclusive a partir dos relatos dos usuários, que poderão acessar cada publicação em formato PDF, realizar buscas usando diferentes palavras-chaves e períodos.
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