A ADUFRGS-Sindical saúda nesta sexta-feira, 23 de setembro, os 113 anos de existência da Rede Federal de Ensino, assim como parabeniza professoras e professores, alunos/as, servidores e comunidade escolar. Os institutos federais, Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSUL) fazem parte da base do sindicato, que está presente em Porto Alegre e também em Alvorada, Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Charqueadas, Farroupilha, Feliz, Sapucaia do Sul, Tramandaí, Osório e Viamão.
A ADUFRGS destaca a resistência da comunidade acadêmica e dos docentes por seguirem oferecendo, apesar de todos os cortes orçamentários, defasagem salarial, perseguições e desvalorização profissional por parte do governo federal, uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos e todas.
Histórico
Essa história inicia com a criação das primeiras Escolas de Aprendizes Artífices, pelo então presidente da República Nilo Peçanha, em 1909, e que ultrapassa várias nomenclaturas, institucionalidades, marcos legais e objetivos pedagógicos, mas que mantém o foco na formação qualificada para o trabalho, na inclusão social, no desenvolvimento humano e na intervenção na sociedade.
No decorrer dos anos, a centenária Rede foi modernizada e está presente em todo o território brasileiro, principalmente em seu interior. Atualmente, são 661 campi em 578 municípios do país. Mais de um milhão e meio de estudantes frequentam um dos quase 12 mil cursos ofertados, desde o nível básico até a pós-graduação. Para isso, a estrutura nacional conta com mais de 80 mil servidores. A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é formada por 38 Institutos Federais; dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets); 22 Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; e pelo Colégio Pedro II.
Essa expansão somente foi possível devido à Lei nº 11.892, sancionada pelo então governo federal, em 2008. Os institutos, presentes nos 26 estados e no Distrito Federal, iniciaram as atividades com 168 campi e passaram de 300 já em 2010, duplicando as vagas existentes. Foram 422 instituições construídas entre 2003 e 2016, contra 140 escolas técnicas construídas entre 1909 e 2002.
As instituições são referências nacional e mundial em suas áreas de atuação, com desempenho comprovado pelos resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).
Além do ensino verticalizado, outro diferencial é o alinhamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão aos arranjos produtivos locais e às demandas do mundo do trabalho, potencializando o desenvolvimento regional e gerando empregabilidade dos egressos, além de promover a inclusão.
Apesar das dificuldades orçamentárias, a Rede Federal segue exercendo seu papel primordial de ofertar para os brasileiros uma educação pública, gratuita e de excelência, qualidade essa comprovada ao se observar o desempenho de dezenas de estudantes e egressos que estudaram em uma das instituições da Rede Federal. Conheça alguns casos de sucesso que mostram a necessária importância do investimento na Educação Profissional, Científica e Tecnológica, como uma política de Estado robusta e eficaz.
Com informações CONIF e IFRS
Foto: IFRS Campus Porto Alegre/Yuri Machado