ADUFRGS-Sindical, representando PROIFES-Federação, apresenta proposta no 10º Congresso da Internacional da Educação

Evento é organizado pela Internacional da Educação, federação sindical internacional que reúne organizações de docentes e outros trabalhadores da educação de todo o mundo

A vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, Ana Boff de Godoy, faz parte da delegação que representa o PROIFES-Federação no 10º Congresso da Internacional da Educação, que ocorre na Argentina, em Buenos Aires (veja aqui), organizado pela Internacional da Educação. A IE é a federação sindical internacional que reúne organizações de docentes e outros trabalhadores da educação de todo o mundo. Por meio das suas 383 organizações membros, entre elas o PROIFES, representa mais de 32 milhões de docentes e demais profissionais da educação em 178 países e territórios. O PROIFES é o único filiado do Brasil à IE que representa docentes do ensino superior. Nesta quinta-feira, 1º, a vice-presidente apresentou uma proposta para implementar um marco de colaboração no setor educativo. Confira a seguir.

Resolução A6
PROPUESTA PARA IMPLEMENTAR UN
MARCO DE COLABORACIÓN EN EL SECTOR
EDUCATIVO

Propuesta por SADTU/Sudáfrica, BTU/Botsuana, NANTU/Namibia y LAT/Lesoto

En nombre de PROIFES-Federación , defendimos la propuesta de los compañeros y compañeras de Sudáfrica, Botsuana, Namibia y Lesoto, de implementación de un marco de colaboración en el sector educativo sobretudo en que toca las investigaciones.

Proifes,  como miembro de la CPLP, Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa,  (y por eso passo a hablar en portugués), defende que a Internacional da Educação deva estimular e coordenar esforços para aumentar a capacidade investigativa das organizações, incluindo as da comunidade lusófona.

Para isso, é fundamental que a IE apoie projetos e garanta estímulos financeiros.

Na minha organização, de docentes do ensino superior, há quadros capacitados com experiência e conhecimento necessário, além de vontade para contribuir para esse esforço.

A dificuldade, no entanto, é que não há, hoje, um mecanismo organizado para levar essas pesquisas a cabo, e assim, as organizações que mais precisam estar preparadas, que mais precisam ter dados, análises, pontos de partida para um debate político mais aprofundado, não têm os recursos adequados para realizar as investigações úteis e necessárias ao movimento sindical.

Não podemos nos afastar de nosso trabalho docente nas universidades,  tampouco da pesquisa científica,  para nos dedicar exclusivamente à pesquisa sindical. Precisamos, então,  de um sistema de apoio e de recursos humanos para poder fazer diagnósticos essenciais ao nosso trabalho.

É fundamental,  por exemplo,  que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras,  bem como as suas condições de formação permanente.  Outro ponto importante é sobre a permanência na profissão.  No Brasil, há uma fuga de cérebros. Docentes abandonando sua profissão, abandonando as salas de aula e também suas pesquisas, isso por conta dos baixos salários,  do baixo orçamento,  das precárias condições de trabalho e do decrescente prestígio de nossa profissão e da violência (o Brasil ocupa a triste posição de violência contra professores e professoras). E, pelo que vimos aqui a longo das falas, me parece que a fuga da carreira é um fenômeno generalizado.

É, ainda, uma demanda da comunidade lusófona da Internacional da Educação,  que a divulgação das pesquisas sejam feitas, também,  em língua portuguesa.

Aliás,  agradeço a oportunidade de falar, aqui, na minha língua. 

Obrigada