O GT de Direitos Humanos do PROIFES-Federação promoveu, entre os dias 31 de março e 2 de abril, o curso de formação “Feminismo: classe, raça e gênero”. A capacitação, realizada na Sede Campestre do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), reuniu representantes sindicais de todo país e teve o objetivo de ampliar os conhecimentos acerca das questões de gênero na estrutura sindical.
Para a professora Fernanda Castelano, coordenadora do GT de Direitos Humanos do Proifes e presidenta do Sindicato dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior dos Municípios de São Carlos, Araras, Sorocaba e Buri (ADUFSCar) , a expectativa é que a iniciativa traga mais qualificação aos debates sobre a temática dentro da Federação.
“O machismo é estrutural e estruturante. Essa manifestação do machismo se dá de maneira muito particular no mercado de trabalho e na estrutura sindical. Para nós, do Proifes, a discussão das questões de gênero é cada vez mais urgente e importante”.
A 1ª vice-presidenta do Adufg-Sindicato, professora Luciene Dias, integra o GT de Direitos Humanos e ressalta a importância da iniciativa. “A mulher ainda é invisibilizada e mal representada nos espaços de poder, tanto quanticamente quanto em termos de políticas públicas para facilitar este acesso. Então, um curso de formação como esse possibilita que todo movimento sindical, formado por homens e mulheres, se articule para engrossar as fileiras de debate sobre a necessidade de representatividade em todos os espaços de poder”.
A coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa da União Brasileira de Mulheres (UBM), Ana Rocha, foi uma das palestrantes do evento e também destaca a relevância da discussão, especialmente após a assinatura do Projeto de Lei pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 8 de março de 2023, que prevê a igualdade de salário entre homens e mulheres que desempenham funções iguais.
“Estamos diante de uma nova conjuntura. O projeto representa uma esperança de novas conquistas para as mulheres. É sempre importante eventos como esse organizado pela Proifes para reforçar a necessidade de haver equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho”, diz a jornalista.
Além dela, a deputada estadual por Goiás e presidenta do Sintego, Bia de Lima, palestrou durante o curso. “O objetivo é justamente empoderar as mulheres para ir ocupando cada vez mais espaço no movimento sindical e nos demais espaços. Para isso, precisamos de novas políticas que possam garantir condições ideais das mulheres disputarem em paridade com os homens”.
Fonte: ADUFG Sindicato