No dia Universal dos Direitos Humanos, celebrado nesta sexta-feira, 10 de dezembro, a ADUFRGS-Sindical reforça a luta em defesa da vida e da educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade para todos e todas. Foi nesta data, no ano de 1948, que a Assembleia Geral das Nações Unidas oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Palais de Chaillot, em Paris, na França.
Os Direitos Humanos surgiram para assegurar direitos básicos aos seres humanos, independente de classe social, raça, nacionalidade, religião, cultura, profissão, gênero, orientação sexual ou quaisquer diferenças. No Brasil, os direitos humanos são garantidos na Constituição Federal de 1988, que além dos direitos sociais, defende os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
Para a diretora de Comunicação da ADUFRGS-Sindical e integrante do GT de Direitos Humanos do sindicato, Sônia Mara Ogiba, a data reforça a importância da luta sindical em defesa da democracia e dos direitos sociais. “A pauta dos direitos humanos é uma proposta de atuação política na sociedade, nos movimentos populares, sociais e faz parte da luta sindical. Sem direitos humanos não há democracia. A ADUFRGS-Sindical e o PROIFES-Federação possuem GTs de discussão desse tema que defende a garantia a direitos sociais a todos e todas, sem discriminação de gênero, raça, etnicidade e sexualidade”, salientou.
A professora Sônia defendeu ainda a manutenção do estado democrático de direito no Brasil para garantia dos direitos sociais estabelecidos na Constituição Federal de 1988. “Lutamos por justiça social e respeito às diferenças para que todos e todas tenham o direito a uma vida digna com acesso à educação, saúde, alimentação, moradia, e para que a população possa ter garantido, igualmente, os direitos laborais, ressaltou.
“Para superação das desigualdades sociais, do preconceito de gênero, de etnia e de orientação sexual, precisamos aprofundar o debate sobre os direitos humanos no movimento sindical, nas escolas, nas universidades e com o conjunto da população, a fim de desconstruir crenças limitantes e excludentes. O trabalho de escuta é essencial nesse processo”, considerou. “Nós mulheres, que ainda enfrentamos o machismo e a discriminação, precisamos avançar para mudar a cultura de hegemonia masculina. Não somos contra os homens. Queremos que os homens abracem nossa causa e caminhem conosco lado a lado nessa luta”, refletiu.
Segundo o diretor de Assuntos Jurídicos da ADUFRGS-Sindical e integrante do GT Direitos Humanos do sindicato, Eduardo de Oliveira Silva, a garantia dos direitos humanos é uma luta coletiva. “Normalmente as pessoas pensam que a luta pelos Direitos Humanos é uma pauta restrita aos grupos identitários, excluídos e minorizados. Entretanto, em tempos como os que vivemos hoje, de constante ameaça à democracia e ao estado de direito, a luta pelos Direitos Humanos precisa ser uma pauta e uma luta de toda a sociedade, para que possamos garantir os direitos mais básicos como segurança alimentar, educação e acesso a políticas eficazes de saúde pública. É uma luta coletiva”, enfatizou.
Segundo a diretora de Direitos Humanos do Sinpro/RS, Margot Andras, o Dia Internacional dos Direitos Humanos remete a uma profunda reflexão sobre a conjuntura do Brasil. “É um absurdo a quantidade de ataques aos direitos sociais das minorias. Inclusive, a impossibilidade de educação para as crianças das periferias. No momento em que tiramos de uma criança o direito a uma creche pública e a uma educação pública de qualidade isso impacta na questão dos direitos humanos. Quando as pessoas ficam sem oportunidades de emprego pelo fato de serem negras ou trans isso é preocupante”, destacou. “A luta pelos direitos humanos tem que ser coletiva e diária em nosso país. Precisamos conscientizar a sociedade para garantir a justiça social. A negação do direito de todas as pessoas serem tratadas de forma igualitária e terem as mesmas chances tem que ser revisto e repensado.”