Com o propósito de intensificar a mobilização contra a aprovação da PEC 32/2020, o presidente da ADUFRGS-Sindical, Lúcio Vieira, e o diretor-tesoureiro do sindicato e diretor de Relações Internacionais do PROIFES-Federação, Eduardo Rolim, estão mobilizados em Brasília até sexta-feira.
Na última semana de atividades legislativas na Câmara Federal, a intenção é derrotar a Reforma Administrativa, que representa o desmonte dos serviços públicos prestados à população e o fim da carreira dos servidores. Essa é a 14ª semana consecutiva de mobilização na capital federal contra a PEC 32.
Em entrevista ao programa Bom Dia Democracia, veiculado ao vivo na rádio web Rede Estação Democracia, na manhã desta quarta-feira, 15, o professor Lúcio ressaltou a importância das manifestações para cancelar a Reforma Administrativa. “A mobilização visa mostrar os prejuízos para a sociedade em caso de aprovação da PEC 32. Não somos contra a proposta apenas pela crítica, nem contra este ou aquele governo, mas pelos impactos negativos que a reforma administrativa traz para a sociedade e servidores públicos”, declarou.
Lúcio avaliou as atividades promovidas pelas entidades sindicais. “Foram 14 semanas intensas de mobilizações em Brasília, incluindo a recepção aos deputados no aeroporto, os atos em frente ao Congresso Federal e, fundamentalmente, a nossa presença nos gabinetes dos deputados, convencendo-os a votarem contra a PEC 32. Obtivemos êxito! Temos a convicção que esse projeto não tramitará mais esse ano e nem no início do ano que vem”, considerou. “Nossas manifestações tiveram um cunho educativo. Visitamos o gabinete de cada deputado federal para expor as consequências e os desdobramentos da PEC 32. É fundamental que os deputados estejam convencidos de que um projeto com esse aporte de reforma administrativa trará gigantescos prejuízos à população”, alertou.
“Não se trata de uma reforma que visa melhorar a qualidade da oferta de serviços públicos prestados à população, mas uma proposta que visa transformar o que é público em privado. Além disso, as pessoas estão perdendo o direito à cidadania conquistado na Constituição Federal de 1988 para um governo que se diz patriota, mas transfere o patrimônio do povo brasileiro para a inciativa privada. Não podemos baixar a guarda, pois há uma disputa permanente entre duas visões de mundo”, reforçou.