Exposição para lembrar a Revolução dos Cravos

o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e a Adufrgs Sindical, com apoio do Consulado Português, inauguram a exposição “Portugal, 50 anos da Revolução dos Cravos”, na quinta-feira, no Solar do IAB

Na quinta, 25 de abril, Portugal relembra os 50 anos da Revolução Portuguesa. Nesta data, em 1974, ocorreu a Revolução dos Cravos, marcando o fim da ditadura salazarista. Para relembrar a data, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Rio Grande do Sul (IAB-RS) e a Adufrgs Sindical, com apoio do Consulado Português, inauguram a exposição “Portugal, 50 anos da Revolução dos Cravos”, a partir de uma coleção de cartazes da época colecionados pela arquiteta e pesquisadora Daniela Fialho. A abertura ocorrerá nesta quinta, 25, às 18h45min, no Solar do IAB (General Canabarro 363, Centro Histórico), em Porto Alegre. A entrada é franca.

A ditadura portuguesa iniciou-se por volta de 1933, momento em que António de Oliveira Salazar foi alçado ao poder. Ele foi substituído por Marcello Caetano em 1968, que foi deposto, então, no dia 25 de abril de 1974. A Revolução dos Cravos foi feita pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto em sua maioria por capitães que participavam da Guerra Colonial, e teve como símbolo o cravo, que no dia dos eventos foi colocado na ponta das baionetas dos soldados, ofertado por Celeste Martins Caeiro. A guerra tentava manter o Império Português e impedir a independência de suas colônias, principalmente as africanas: Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, entre outras. A Revolução dos Cravos implantou em Portugal um regime democrático, as colônias obtiveram independência e foi elaborada nova Constituição, a de 25 de abril de 1976.

As 47 peças que serão expostas ao público pela primeira vez em Porto Alegre fazem parte do acervo pessoal da arquiteta Daniela Fialho, que residiu com os pais em Portugal nos anos 1970. “Na época meus pais temiam ser presos no regime da ditadura aqui no Brasil, e estavam pensando em irem para a França. Eles conheciam um português exilado no Brasil por conta da ditadura salazarista. Após a Revolução, ele voltou ao seu país e convenceu meus pais a irem para lá também”, relembra. A chegada ocorreu em novembro de 1974, após o 25 de abril. Daniela, com 12 anos, acompanhou o restante do movimento revolucionário, que se estendeu até 1976, com as eleições e a constituição. Ela conta que passou a colecionar os cartazes ligados a revolução e suas manifestações. Visitação até 25 de maio, de segunda a sexta, das 10h às 12h, e das 14h30min às 17h.

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