Confira o artigo “Valorizar o professor é valorizar a educação”, por Jairo Bolter

É a hora de reconstruir o Brasil. Acreditamos que a educação e os professores estão no centro desse projeto de País. Pois a agenda da educação é a agenda propulsora da economia, geração de emprego, ciência e tecnologia e desenvolvimento social e ambiental.

Então, mais do que nunca se faz necessário lutar pela valorização dos profissionais educação, pela recomposição das perdas salariais, orçamentárias e acima de tudo recuperar o prestígio e a valorização da categoria.

Com a diminuição do poder aquisitivo sofrida nos últimos seis anos os professores precisam de um reajuste emergencial. Os servidores federais estão sem a devida recomposição, chegando a uma perda que já ultrapassa os 40%.

Apesar de todas as limitações e dificuldades decorrentes da pandemia da Covid-19, os profissionais da educação se mantiveram fiéis às suas obrigações sociais, produzindo conhecimento, ministrando aulas, associando-se a todos os demais servidores públicos que estiveram em intensa atividade para proteger a população e garantir o acesso aos serviços essenciais.

O ano de 2023 pode marcar o início de um novo ciclo, em que a sociedade deve privilegiar diálogos para que projetos estruturais de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura avancem e se consolidem como política de Estado.

O prestígio do professor não está relacionado apenas à remuneração média.

A valorização dos professores é o primeiro passo para garantir uma educação de qualidade. Impacta diretamente na qualidade da universidade, na posição do Brasil em rankings internacionais e no progresso do País.

A sociedade precisa se comprometer com o futuro da formação de novos profissionais. A falta de valorização do professor faz com que estudantes com bom desempenho optem por carreiras mais prestigiadas e com melhores salários. Isso gera um ciclo vicioso de desmotivação.

O professor deve ser remunerado e valorizado de forma integral em sua carreira, receber os recursos necessários para realizar sua função e ter voz ativa na reconstrução de um país mais justo e soberano.

A ADUFRGS-Sindical está à frente da luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e tem cobrado dos governos a responsabilidade pela valorização dos professores. Mas, sabe que essa luta é de toda a sociedade.

Jairo Bolter
Presidente do Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (ADUFRGS-Sindical)

Acesse aqui a publicação original na seção Opinião do Jornal do Comércio.