O sindicalista lembra que em assembleia realizada em setembro, foi aprovado por unanimidade, pelos professores, um retorno escalonado, primeiro os laboratórios, que não têm como realizar atividades de forma remota, e ir avançando. “Levamos o resultado e a nossa preocupação ao reitor, cobrando coordenação desse processo, um calendário, condições materiais, físicas e recursos sanitários. Ele sinalizou positivamente, mas desde então esse planejamento não foi apresentado”, lamenta Lúcio Vieira.
“O que observamos é uma transferência de responsabilidade para os diretores das unidades, que por sua vez, como não receberam recursos nem orientações, não estão retornando. Há uma disposição enorme dos professores em retornar com esse compromisso social, os alunos estão ansiosos, estão cobrando retorno, e a Reitoria está se colocando omissa nesse processo”, acrescenta o dirigente da ADUFRGS, que também cobra mais transparência na gestão.
Lúcio Vieira afirma ainda que a figura do reitor é respeitada e a ADUFRGS se dirige à Reitoria de forma institucional, mas não a reconhece como legítima. “Existe a nossa contrariedade, como Sindicato, quanto à escolha da chapa menos votada. Mas ele está lá, respeitamos o professor, nosso filiado, mas fazemos a distinção com o cargo, e ele vai sempre ser cobrado quando preciso”, esclarece, lembrando que a atual gestão “entrou em choque até com o Conselho Universitário (Consun), órgão máximo da universidade”.
Vieira também relata que a diretoria da ADUFRGS-Sindical recebeu nesta semana, de forma virtual, o professor Dário Frederico Pasche, representante do Sindicato no Comitê Covid da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a professora Ilma Simoni Brum da Silva, diretora do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS/UFRGS), e a professora Juliana Petri Tavares, representante da Escola de Enfermagem da UFRGS.
Os professores foram consultados sobre as recomendações sanitárias para o retorno presencial na universidade, e apontaram a necessidade de uso de máscara adequada, distanciamento, ambientes arejados e passaporte vacinal. Recentemente a ADUFRGS emitiu nota criticando a omissão e a negligência da Reitoria quanto ao retorno (veja aqui).